JBSS3: Morgan Stanley eleva preço-alvo e reitera “Compra” com listagem nos EUA

Publicado 04.06.2025, 13:35
© JBS

Investing.com – Os analistas do Morgan Stanley (NYSE:MS) anunciaram a elevação em cerca de 20% do preço-alvo do banco para as ações da JBS (BVMF:JBSS3), reiterando a recomendação Overweight (equivalente à Compra). Em relatório divulgado aos clientes na segunda-feira (2), os analistas do banco americano subiram o preço-alvo de R$ 51 para R$ 60.

O novo preço-alvo do Morgan Stanley é o mais alto entre os analistas que avaliam os papéis da JBS, de acordo com o relatório, com um potencial de valorização de aproximadamente de 50%. “No nosso melhor cenário de alta, a ação praticamente dobra de preço com entregas acima do esperado e o mercado reconhecendo o mesmo múltiplo”, dizem os analistas do banco americano, citando também riscos de execução com a possibilidade de uma queda de 40% no preço dos papéis no pior cenário.

O documento é um extenso estudo em relação à listagem dos papéis do frigorífico brasileiro na Bolsa de Nova York, comparando as métricas fundamentalistas da JBS com os da Tyson Foods (NYSE:TSN) e o comportamento de ações de empresas internacionais que realizaram a imigração de listagem para os EUA. O relatório apresenta também os riscos envolvidos na tese.

Às 13h29, os papéis da JBS recuavam 0,93% a R$ 38,49 na B3.

JBS x Tyson Foods

O Morgan Stanley elege a Tyson Foods como a empresa cujas métricas são comparáveis com as da JBS. Segundo os analistas do banco americano, as ações da JBS são negociadas com desconto aproximado de 30% em relação aos papéis da Tyson Food, com a expectativa de estreitamento desta distância com a listagem das ações da brasileira em Wall Street, chegando a 10% sob o preço-alvo projetado pelo banco.

“Nos últimos 5 anos, o desconto de JBS em relação à Tyson subiu, enquanto deveria ter diminuído na nossa avaliação, considerando as métricas operacionais e de retorno favoráveis à JBS”, avaliam os analistas do Morgan Stanley, citando que as performances de ambos no mercado bovino nos EUA são similares, mas a divisão de aves e suína da JBS apresentaram margens médias maiores em relação à Tyson Foods no período.

A alavancagem é um ponto desfavorável historicamente para a JBS. “Mas, está alinhado com os níveis da Tyson desde 2024”, escrevem os analistas.

Casos passados de listagens nos EUA

O Morgan Stanley estudou seis empresas de fora dos EUA que realizaram suas listagens em Wall Street. O levantamento apontou que a liquidez dessas ações quadruplicou em média, enquanto 4 destas 6 empresas tiveram uma elevação de recomendação de suas ações.

“Reconhecemos que há uma armadilha em traçar paralelismo aqui”, dizem os analistas, porém reforçando que há evidências que os múltiplos de liquidez podem melhorar quando empresas de fora dos EUA listam suas ações em Wall Street, especialmente no longo prazo com eventual composição nos índices americanos.

No curto prazo, há risco de uma saída potencial de aproximadamente US$ 390 milhões com eventual saída dos índices que as ações da JBS fazem participação. Neste caso, o MSCI já anunciou a manutenção dos papéis do frigorífico nos seus índices:

Além disso, o BNDES, um dos dois acionistas majoritários com 18% das ações do frigorífico, já anunciou a venda delas de sua carteira. "As oportunidades de longo prazo superam as dores no curto prazo, mas exige paciência e um ativo e diligente esforço da diretoria", avalia o Morgan Stanley.

Riscos da tese

Um dos riscos da listagem apresentados é a queda do preço das ações devido aos seguintes fatores:

  • Ruídos na governança corporativa
  • Falta de interesse do investidor internacional
  • Liquidez limitada
  • Inclusão em índice mais longa do que o esperado
  • Mudança repentina do momento operacional

“Nós acreditamos na alta das ações”, projeta o Morgan Stanley, ressaltando o comprometimento e o foco da empresa para que a listagem nos EUA seja um sucesso.

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