Investing.com – A reação amplamente negativa de segmentos do mercado levou o Ministério da Fazenda a revogar parcialmente nesta sexta-feira a elevação da alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Porém, algumas das medidas continuam de pé e podem afetar a precificação e valuation de ações negociadas na B3.
O governo voltou atrás nas elevações que poderiam caracterizar um controle implícito de capital. Os fundos que investem no exterior voltaram a ter isenção nos investimentos no exterior, assim como a remessa de dinheiro de pessoas físicas para investir fora do Brasil continua sob a alíquota de 1,1%. A alíquota nas duas situações seria de 3,5% caso o decreto original fosse mantido.
Foram mantidas as alíquotas de IOF que incidem sobre as operações de crédito. O imposto para o crédito para as empresas subiu de um teto anual de 1,88% para 3,95%, sendo 0,95% fixo com acréscimo de 0,0082% diário.
Para as empresas inseridas no Simples Nacional, as alíquotas continuam menores, mas também subiram, de 0,88% ao ano para empréstimos de até R$ 30 mil para 1,95% ao ano. Para empréstimos realizados no exterior com prazo abaixo de 360 dias, o IOF deixa de ser isento e passa a ser de 3,5%. Também foi mantida a alíquota para aportes acima de R$ 50 mil em previdência privada VGBL, que passam a ter uma alíquota de 5% sobre aportes excedentes.
Perguntamos ao WarrenAI, consultor financeiro de IA do InvestingPro, quais são os setores que mais devem ser impactados por essas mudanças no IOF. Confira as respostas abaixo.
A resposta foi o setor bancário. Ações como Banco do Brasil (BVMF:BBAS3), Bradesco (BVMF:BBDC4), Itaú e Santander Brasil (BVMF:SANB11) estão diretamente expostos, já que o IOF afeta operações de crédito, câmbio e financiamento. Eles precisarão recalibrar preços e margens, principalmente em um cenário de crédito já pressionado.