Investing.com – Apesar de um balanço considerado sólido pela maior parte dos analistas, as ações do Banco do Brasil (BVMF:BBAS3) recuavam nesta terça-feira, 16, em repercussão aos indicadores financeiros e realização de lucros recentes. Às 16h05 (de Brasília), as ações estavam em baixa de 2,72%, a R$43,23.
Entre os pontos de cautela elencados pelos analistas, maior custo de captação, menor margem e rentabilidade medida pelo ROE (sigla para Return on Equity), ou Retorno sobre Patrimônio Líquido.
O que dizem os analistas
O time de research do Inter disse que, mesmo diante do forte botton-line, impressões negativas trazem cautela, e avaliou o lucro líquido ajustado de R$8,5 bilhões como abaixo das expectativas em 4%, com ROE de 21% ficando 0,6 ponto percentual inferior ao estimado.
Segundo o banco digital, o balanço apresentou alguns pontos negativos, “como menor margem financeira pressionada pelo maior custo de captação e um resultado com tesouraria um pouco mais fraco”. Ainda, a instituição financeira teria provisionado menos do que o preciso, resultando em diminuição no índice de cobertura. A inadimplência no geral foi controlada, totalizando 2,6%. O Inter mantém recomendação neutra para os papéis, com preço-alvo de R$49.
Para o Itaú BBA, que considera o BB como a melhor escolha na cobertura bancária, os indicadores foram sólidos, com lucro líquido ajustado ligeiramente acima das projeções do banco, que eram de R$8,4 bilhões. Apesar da elevação na carteira de crédito, a margem líquida apresentou leve recuo, ainda que em patamar considerado elevado pelo banco
“No geral, o BB apresentou o melhor conjunto de resultados em nossa cobertura de grandes bancos nesta temporada. A base inicial confirma ainda mais nossa perspectiva otimista para o ano”. O Itaú possui classificação outperform para as ações, com preço-alvo de R$48.
A Genial Investimentos ponderou que a rentabilidade medida pelo ROE ficou um pouco abaixo dos 22,5% de ROE anunciados entre outubro e dezembro levando em consideração efeitos não-recorrentes que ajudaram o BB no trimestre passado, incluindo bonificação de bandeira de cartões e reversão de provisões de folhas de pagamento.
Conforme apontam os analistas da Genial, o período teria sido foi marcado pelo forte crescimento da margem financeira e expansão da carteira de crédito acima do guidance, com destaque o setor de agronegócio que continua em alta, em ritmo acelerado.
“Do lado um pouco mais negativo, as provisões de crédito ampliadas de R$ 5,9b continuam em patamares elevados e o banco deve terminar o ano na faixa mais alta do guidance de R$ 19b – 23b”, pondera a Genial, que segue otimista com os fundamentos do papel e reforçou recomendação de compra, com preço-alvo de R$55,70.
BB e os "bancões"
A média das estimativas de analistas compiladas pelo InvestingPRO indica um preço-justo de R$56,63 para as ações do Banco do Brasil. Confira na imagem abaixo como o potencial de valorização do banco se compara frente aos pares.
Fonte: InvestingPRO
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