Investing.com - O BTG Pactual (BVMF:BPAC11) escolheu BB Seguridade (BVMF:BBSE3) como uma das top picks para o ano que vem, de acordo com relatório divulgado aos investidores nesta terça-feira (19). Segundo banco, espera-se que os números operacionais permaneçam fortes. Por outro lado, as reivindicações devem normalizar, dos níveis “baixos” observados em 2023. A instituição acredita ainda que os resultados financeiros irão se contrair ligeiramente dada a queda da taxa de juros brasileira, a Selic.
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"Esperamos que a companhia gere R$ 4 bilhões de lucro líquido no 2S23, praticamente garantindo R$ 8 bilhões (+6% a/a crescimento) para 2024. Negociado a 8x P/E24 e com rendimento de dividendos de ~11%,", avaliam os analistas.
Quanto aos dividendos, o banco vê com bons olhos as recompras de ações. Das 64 milhões de ações autorizadas no programa de recompra anunciado, cerca de 20% já foram adquiridos. A empresa ainda está executando o programa, e recompras + dividendos devem levar a um pagamento próximo ao histórico níveis (85-90% do resultado final de 2023).
"Acreditamos que isso não apenas sustenta ainda mais as ações, mas também aumenta implicitamente a participação do BB (BVMF:BBAS3) em BBSE3, movimento que consideramos estrategicamente vantajoso, mitigando riscos de não renovação do contrato do BB e aumentando as chances de uma renovação menos dispendiosa para o BBSE. O BB detém atualmente 66,25% do BBSE e, caso o programa seja 100% executado, sua participação deverá aumentar para aproximadamente 69%. Esperamos que a participação do BB ultrapasse o limite de 70% em 2024", ponderam Eduardo Rosman, Thiago Paura e Ricado Buchipiguel.
Os analistas completam ainda que embora BB Seguridade tenha aberto o capital em 2013 em um mercado-limite de R$ 34 bilhões e pagou aproximadamente R$ 40 bilhões em dividendos desde então, seu valor de mercado ainda é R$ 65 bilhões. Eles esperam que paguem mais do que isso em dividendos até 2033, quando será expira o contrato com o BB.
Resultados financeiros no radar
Os resultados financeiros são outro obstáculo, mas as perspectivas mais brilhantes a partir de 2025, de acordo com o relatório. A ação continua projetando impacto de R$ 100 milhões no lucro líquido para cada corte de 100 pontos base na Selic. Considerando a queda na Selic, o impacto negativo no resultado líquido a renda pode ficar em torno de R$ 250-300 milhões. "No entanto, esta situação deverá ser parcialmente compensada por uma
maior saldo médio de investimentos .
"A empresa também não espera impacto positivo nem negativo do IGPM e IPCA no descasamento ao longo de 2024, reduzindo alguma volatilidade nesta linha. Finalmente, depois do ciclo de flexibilização monetária, o lucro líquido do BBSE deverá retomar o ritmo acelerado de crescimento,mais alinhado com seu desempenho operacional (~15% CAGR 2018-22) como financeiro os resultados deixam de ser um “detrator”", explicam.