Investing.com – Após a forte valorização das ações da BRF (BVMF:BRFS3) do ano passado, com alta de 67%, acima dos 22% do Ibovespa, o BB Investimentos revisou as projeções para a companhia e para a Marfrig (BVMF:MRFG3), que detém mais da metade do total dos papéis da companhia, sendo assim o acionista controlador. Os analistas decidiram manter as classificações neutras, mas elevaram o preço-alvo estimado para as companhias.
O BB (BVMF:BBAS3) enxerga que “o cenário mais benéfico para o consumo de processados no Brasil e a queda de preços dos grãos corroboram com expectativas mais positivas em relação à rentabilidade da BRF ao longo deste ano”.
Segundo o banco, a tendência seguiria os dados de trimestres anteriores, em que a companhia já demonstrou melhorias relacionadas à eficiência. Por isso, elevou o preço-alvo de R$14 para R$16, mas manteve a recomendação para manter os papéis.
“No entanto, adotamos premissas mais conservadoras no segmento internacional, cuja recuperação de margens parece mais desafiadora no curto prazo, e consideramos que os fatores positivos do cenário mais benéfico e dos resultados da reestruturação já estão refletidos no forte desempenho recente do papel”.
Já a Marfrig deve continuar com pressões nas margens neste ano, no entendimento do banco, em meio a um momento de menor disponibilidade de animais para abate.
O momento de virada do ciclo pecuário na região ainda é incerto, o que nos mantêm cautelosos em relação às estimativas para esta unidade de negócios, que impacta de forma relevante o resultado consolidado da empresa”, completam.
Segundo os analistas, a Marfrig deveria ter mais cautela e preservar sua liquidez, mas as decisões de alocação de capital não estariam alinhadas ao momento difícil de operações da América do Norte. Por isso, a recomendação segue neutra, apesar do preço-alvo delevado de R$10 para R$12 ao final deste ano.
Às 14h25 (de Brasília), as ações da BRF recuavam 0,39%, a R$12,66.
Enquanto isso, as ações da Marfrig perdiam 0,32%, a R$9,47.