Investing.com – A C&A Modas (BVMF:CEAB3) mira em produtividade e crescimento das suas operações em 2024 para retomar um plano de expansão a partir do ano que vem, mapeando em torno de 120 novas lojas. Além disso, o C&A Pay se torna um componente chave da estratégia de crescimento da companhia. Após o Dia do Investidor da varejista de vestuário, analistas de grandes bancos elogiaram o novo foco, mas não o suficiente para elevar recomendações.
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Em relatório divulgado aos clientes e ao mercado, o Itaú BBA pontuou que pode elevar as suas projeções para 2024 e 2025 após os apontamentos da varejista, diante de resultados do quarto trimestre melhores do que o previsto em crescimento da receita, margens e desalavancagem. Além disso, o Itaú BBA espera que a companhia tenha desempenho melhor do que as empresas em sua cobertura no primeiro trimestre deste ano.
“Aumentar a produtividade das lojas é o principal objetivo do novo ciclo”, destacam os analistas, mencionando como estratégias da empresa a diminuição da dispersão do desempenho entre lojas, melhorias na experiência do consumidor, além da remodelação de lojas. “Espera-se que a redução da dispersão do desempenho entre as lojas seja a principal alavanca em 2024”, completa o banco, que possui recomendação market perform para as ações, com preço-alvo estimado em R$10. A projeção é de abertura de 30 lojas no ano que vem.
O Santander (BVMF:SANB11) completa que “a administração deixou bem claro que o principal o motor do crescimento nos próximos anos será um foco inabalável no aumento das vendas por metro quadrado”, citando ferramentas baseadas em Inteligência Artificial (IA) para atingir novas oportunidades de otimizar a dispersão do desempenho das lojas e planos de renovação.
“Enquanto a alta administração se absteve de divulgar metas específicas, a determinação de diminuir a lacuna para a Renner (BVMF:LREN3) é evidente”, comparam os analistas, que possuem recomendação neutra, diante de estimativas que reconhecem como conservadoras, e preço-alvo de R$8,80.
Já o banco BTG (BVMF:BPAC11) avalia a C&A como a companhia com melhor desempenho entre os varejistas ‘discricionárias’. Os analistas indicam que a companhia busca seguir com melhorias para acertar na precificação de seus produtos e reacelerar a expansão orgânica, principalmente a partir de 2025. Os sinais são mais favoráveis do que nos últimos trimestres e os analistas do BTG afirmaram estar “impressionados com seus investimentos estratégicos na cadeia de suprimentos, serviços de crédito ao consumidor e controle de custos”.
Com a expectativa de operações mais lucrativas e alavancagem menor, após os resultados do quarto trimestre e o Dia do Investidor, o banco revisou para cima as estimativas de EBITDA e resultados em 6% e 5%, respectivamente.
“O primeiro trimestre deve ser sólido, com faturamento da divisão de vestuário crescendo 17%, impulsionado por sua oferta de crédito, melhores volumes e mix de produtos, com margem EBITDA ajustada (pós-IFRS16) aumentando 480bps ano a ano, sustentando um impulso decente das ações mesmo após o desempenho superior no acumulado do ano”, espera o BTG, que possui recomendação neutra para o papel, com preço-alvo alterado para cima de R$10 para R$14.
O que o InvestingPro diz sobre a C&A?
A expectativa de analistas é de lucros maiores neste ano e as ações tiveram retorno significativo na última semana, mas é considerada com múltiplo elevado, de acordo com as Protips do InvestingPro. As ProTips são uma nova ferramenta do InvestingPro, que fornecem insights rápidos e descomplicados sobre as companhias, visando otimizar e dar mais embasamento para a tomada de decisões dos investidores.
A saúde financeira da C&A é considerada com desempenho excelente, com nota quatro, de uma métrica que vai de um a cinco, conforme a plataforma.
O preço-justo da ação é avaliado em R$12,26, de acordo com nove modelos de investimentos compilados pelo InvestingPro. O alvo de sete analistas é mais pessimista, em R$10,07.
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