Investing.com – Após conversa com o CEO da Cogna (BVMF:COGN3) Roberto Valério e o Diretor de RI Eduardo Honzak, o Bank of America (NYSE:BAC) destacou em relatório divulgado aos clientes e ao mercado que a companhia enxerga a possibilidade da criação de modalidade de financiamento estudantil do governo para EAD, enquanto atua para a maturação de polos existentes e melhorias de eficiência com transformação digital. Os analistas do BofA acreditam que a companhia é muito exposta a um negócio sob pressão no curto prazo, além de apresentar situação difícil de alavancagem.
A Cogna possui ampla presença no mercado de educação brasileiro, com mais de 800 mil alunos e operação de marcas como Anhanguera, Pitagoras, Fama, LFG, Unime, Unirondon, Unic, entre outras.
Na visão dos analistas Fred Mendes, Mirela Oliveira, Gustavo Tiseo e Lucca Brendim, a Cogna vê oportunidades de aprimorar suas ferramentas de análise de dados, principalmente na Anhanguera, como uma forma de diferenciação e de fomento de melhorias nas experiências dos clientes.
FIES para EAD é viável?
Ainda permeiam incertezas a respeito de como pode ser o programa de financiamento estudantil do novo governo. A Cogna acredita que pode haver uma modalidade para EAD, devido a menores custos, otimizando os investimentos, e dinâmica do setor, o que possibilitaria alcance de maior número de alunos. No momento, 51% dos estudantes da Cogna são na modalidade a distância. A principal oportunidade de crescimento no EAD parece ser a maturação dos polos existentes, segundo o BofA.
O BofA mantém recomendação underperform para as ações da Cogna, com preço-alvo de R$2,30. Entre os riscos negativos, o BofA aponta uma deterioração do cenário econômico, problemas na execução de fusões e aquisições e acirramento da competição. Por outro lado, entre os fatores que podem impulsionar altas nos papéis, estão possíveis crescimentos maiores do que o esperado no campus e em soluções complementares.
Às 11h55 (de Brasília), as ações da Cogna recuavam 0,45%, cotadas a R$2,22.