Investing.com – Após portaria do Ministério da Educação (MEC) que atualiza as regras para cursos médicos privados e públicos no país, o banco BTG (BVMF:BPAC11) disse, em relatório divulgado aos clientes e ao mercado, que ainda não está otimista com o setor de educação.
De acordo com o banco, é improvável que mudanças regulatórias retirem as elevadas barreiras de entrada do setor. No entanto, elas podem auxiliar na criação de novos cursos ou “abrir caminho para uma nova solicitação para licitações”. Segundo o BTG, entre os desafios para um impulso maior, estão os balanços alavancados dos players de educação listados na bolsa brasileira.
Para os analistas Samuel Alves, Yan Cesquim e Pedro Lima, as ações de educação devem permanecer ultracorrelacionadas com o fluxo de notícias pós-eleitoral, incluindo alterações no regulamento do curso de medicina e mais detalhes sobre o novo Fundo de Financiamento Estudantil (FIES).
O novo regulamento termina a proibição para a criação de novos cursos, que está em vigor desde 2018. Além disso, a medida traz novas normas para a criação de cursos médicos, sendo que será obrigatório o cumprimento de exigências que hoje estão relacionadas ao programa Mais Médicos.
Segundo o BTG, ainda que a mudança aumente a competição do setor, a medida deve ter impacto positivo nas ações de educação, caso possam ter novas vagas para esses cursos. O BTG reforça que os cursos de graduação em medicina continuam ganhando força no ensino superior das empresas de capital aberto brasileiras. A participação receita líquida/EBITDA era de +70% da linha principal da Afya, 30% na Anima (BVMF:ANIM3), 20% na Yduqs (BVMF:YDUQ3), 18% na Ser (BVMF:SEER3).
O BTG possui recomendação de compra para Ânima e Vitru, além de recomendação neutra para Cogna (BVMF:COGN3), Yduqs, Afya e Ser.
Às 11h20, as ações da Ânima apresentavam queda de 3,73%, a R$ 1,84. Os papéis da Cogna recuavam 1,95% a R$2,01, enquanto os da Yduqs caíam 2,86%, a R$9,51 e os da Ser tinham baixa de 2,06%, a R$4,27.