WASHINGTON/KIEV (Reuters) - Os Estados Unidos estão reservadamente incentivando a Ucrânia a sinalizar uma abertura para negociar com a Rússia, informou o Washington Post, enquanto o Departamento de Estado disse que Moscou estava intensificando a guerra e não desejava seriamente se envolver em negociações de paz.
O jornal citou fontes não identificadas dizendo que o pedido de autoridades americanas não visava empurrar a Ucrânia para a mesa de negociações, mas uma tentativa calculada de garantir que Kyiv mantenha o apoio de outras nações.
Autoridades dos EUA e da Ucrânia reconheceram que a proibição do presidente ucraniano Volodymyr Zelenskiy de conversar com o presidente russo, Vladimir Putin, gerou preocupação em partes da Europa, África e América Latina, onde os efeitos da guerra sobre os custos de alimentos e combustível são sentidos mais fortemente, disse o Post.
"A fadiga da Ucrânia é uma coisa real para alguns de nossos parceiros", disse uma autoridade dos EUA não identificada.
Zelenskiy assinou um decreto em 4 de outubro declarando formalmente a possibilidade de qualquer conversa ucraniana com Putin "impossível", mas deixando a porta aberta para conversas com a Rússia.
O Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca não fez comentários imediatos sobre a precisão da matéria.
Um porta-voz do Departamento de Estado respondeu: "Já dissemos isso antes e diremos novamente: as ações falam mais alto que as palavras. Se a Rússia estiver pronta para a negociação, deve parar suas bombas e mísseis e retirar suas forças da Ucrânia.
"O Kremlin continua a escalar esta guerra. O Kremlin demonstrou sua relutância em se envolver seriamente em negociações desde antes mesmo de lançar sua invasão em grande escala da Ucrânia."