HAVANA (Reuters) - Raúl Castro estava entre milhares de pessoas que compareceram a um comício organizado pelo governo em Havana, neste sábado, para denunciar o embargo comercial e reafirmar seu apoio à revolução de Cuba, uma semana depois de protestos sem precedentes que abalaram o país comunista.
Apoiadores do governo se reuniram na avenida à beira-mar da cidade antes do amanhecer, com bandeiras de Cuba e fotos do falecido líder revolucionário Fidel Castro e seu irmão Raúl. Esse último se aposentou como líder do Partido Comunista em abril, mas prometeu continuar lutando pela revolução como um “soldado”.
O comício foi uma reação às manifestações que eclodiram ao redor do país no último domingo, entre uma generalizada escassez de bens básicos, cobranças de direitos políticos e o pior surto de coronavírus na nação desde o começo da pandemia.
O governo reconheceu algumas falhas esta semana, mas, no geral, culpou “contra-revolucionários” financiados pelos EUA explorando a crise econômica causada pelas sanções norte-americanas pelos protestos.
Pouco antes do comício começar oficialmente em Havana, autoridades retiraram um homem gritando slogans contra o governo, incluindo “liberdade”, do público.
(Reportagem de Nelson Acosta e Reuters TV)