Investing.com – “Notável” e “pole position” foram apenas alguns dos termos usados por analistas para elogiar o balanço trimestral do Itaú Unibanco (BVMF:ITUB4), que agradou também os investidores, diante de um lucro robusto, acima do previsto pelo mercado, e rentabilidade elevada. Às 11h56 (de Brasília), os papéis preferenciais registravam alta de 1,76%, a R$35,90.
O Itaú Unibanco apresentou um lucro líquido recorrente de R$10,7 bilhões no terceiro trimestre, aumento anual de 18,1%. Os lucros vieram 3% acima do consenso da Bloomberg, mas em linha com a expectativa do banco Goldman Sachs (NYSE:GS), que recomenda compra da ação da instituição financeira, com preço-alvo de R$41.
“Notamos tendências ainda positivas nos empréstimos, com a empresa retomando o crescimento na carteira de cartões de crédito após um período de redução de risco”, destacaram os analistas do GS.
O Goldman citou ainda melhoria na qualidade dos ativos, além da inadimplência na base trimestral, com provisões mais baixas.
“Acreditamos que o trimestre reafirma a capacidade do Itaú de atender às expectativas do guidance (incluindo empréstimos) com rentabilidade bem acima dos pares do setor privado”, concluiu.
O Itaú Unibanco estaria aumentando o ROE e a geração de capital em mais um trimestre forte, disse o BTG (BVMF:BPAC11), que indica compra para a ação, com preço-alvo de R$42. “Mais uma para os livros do outperformer”, elogiou.
A XP Investimentos (BVMF:XPBR31) foi na mesma linha e considerou o trimestre como notável. “Realmente um resultado para a história”, concordou em relatório. A rentabilidade de 22,7% poderia ter sido ainda maior se não fosse o excesso de capital, segundo a XP.
“Esse forte desempenho reflete uma aceleração no crescimento da carteira, levando o banco a revisar para cima seu guidance de crescimento da carteira para 2024”, completou, ao esperar continuidade do aumento nos lucros. Assim, reforçou compra na ação, top pick do setor, com alvo de R$42.
Para a Genial Investimentos, o Itaú teria chegado na “pole position”, em mais um trimestre que demonstrou solidez dos indicadores, incluindo aceleração no crescimento do lucro e expansão da rentabilidade, considerada, possivelmente, a maior entre os incumbentes.
“Como comentamos em nossa prévia, o banco registrou um impacto positivo em suas provisões de crédito devido a um cliente específico no segmento de grandes empresas (Americanas) (BVMF:AMER3)”, adicionou, ao mencionar que o impacto teria sido um pouco menor do que estimado.