Investing.com - Desde as máximas do final do ano passado, ações de estratégia de crescimento apresentaram perdas de cerca de 25% no valor, tanto nos Estados Unidos quanto na Europa. Com as quedas expressivas, o banco JPMorgan Chase & Co (NYSE:JPM) (BVMF:JPMC34) destacou em relatório disponibilizado aos clientes e ao mercado que o momento é de oportunidade para esse tipo de papel.
“Vimos saídas do setor de tecnologia e ETFs de tecnologia. Nós agora acreditamos que há uma oportunidade tática para o estilo de crescimento alcançar o de valor”, reforça o documento.
O relatório vem em linha com a expectativa do Wells Fargo (NYSE:WFC), que também divulgou relatório em que disse esperar uma valorização das ações de crescimento no curto prazo.
LEIA MAIS: Ações de crescimento podem disparar após inflação de junho nos EUA, segundo Wells Fargo
Baixas recentes
O índice de Tecnologia MSCI US despencou de mais de 30% no ano e mais mais da metade das ações da Nasdaq são negociadas abaixo de pelo menos 50% dos seus máximos em doze meses. O banco exemplifica que segmentos como biotecnologia, serviços de pagamento, tecnologia sem fins lucrativos e outros grupos caíram 50-80%.
De acordo com os analistas do JP Morgan, esses rebaixamentos significativos sugerem que o posicionamento do investidor tem ficado mais moderado. No entanto, agora seria o momento das ações de crescimento, tendo em vista um cenário de rendimentos de títulos mais limitados nos próximos meses, se o Fed adotar um tom mais equilibrado em seus comunicados, dando fim a um pico do movimento hawkish.
“A não ser que os preços do petróleo voltem a subir, a inflação pode se estabilizar. A reavaliação ascendente dos rendimentos nominais dos títulos, e o movimento das taxas reais de -100bp para +50bp, foi um constrangimento para as valorizações da parte de longa duração do mercado, mas isso pode aliviar temporariamente”, completam os analistas.
Segundo o banco, o setor de tecnologia pode performar melhor, após ter perdido 15-20% em relação às altas de novembro dos mercados americano e europeu. O setor contaria neste no momento com o apoio de balanços patrimoniais, recompras significativas, fluxo de caixa resiliente e lucros. No entanto, o JP Morgan pondera que o risco-recompensa para crescimento e tecnologia não é tão atraente quanto foi há 10 anos.