Investing.com – Ganhos de escala e desempenho do braço financeiro impulsionaram os lucros do primeiro trimestre do Mercado Livre (NASDAQ:MELI), com alta anual de 208%. A companhia avançou no mercado brasileiro e ampliou as vendas diante da crise da rival Americanas (BVMF:AMER3). Após a divulgação do balanço do Mercado Livre ontem, o banco Goldman Sachs (NYSE:GS) divulgou nesta quinta-feira, 04, relatório aos clientes e ao mercado em que avalia que os dados apoiam a tese de que o MELI está em uma trajetória de expansão de margem de vários anos, “impulsionada principalmente por ganhos de escala e monetização em suas principais operações de mercado/logística e uma contribuição crescente de receitas de publicidade de alta margem”.
De acordo com os analistas Irma Sgarz, Felipe Rached e Gustavo Fratini, uma melhora nas condições econômicas e a expansão da carteira de cartão de crédito devem ser propulsores no médio prazo. O balanço foi considerado forte, com dados acima do projetado em GMV e margens, alta na penetração e taxa de aceitação do comércio eletrônico.
“Os resultados ilustram o desempenho do MELI em oportunidades de ganho de ações no Brasil, ao mesmo tempo em que equilibra crescimento e lucratividade em outras atividades, apesar de um cenário macro de consumo desafiador no Brasil e na Argentina”, reforçam.
O Goldman Sachs possui classificação de compra para o Mercado Livre, com preço-alvo de US$ 1,700.
Segundo o banco, entre os riscos para os papéis, estão a volatilidade cambial, resultados mais fracos do que o esperado na operação de empréstimos, ampliação da concorrência no espaço de pagamento e no negócio principal do mercado.
Às 15h20 (de Brasília), os BDRs do MELI (BVMF:MELI34) recuavam 6,70% nesta quinta-feira, 04, após terem subido 4,64% no fechamento do pregão de ontem.