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Investing.com – O Morgan Stanley (NYSE:MS) reiterou sua recomendação de acima da média para a Embraer (BVMF:EMBR3) (NYSE:ERJ) e manteve o preço-alvo em US$ 65,00, destacando o desempenho expressivo da companhia no último ano, com retorno de 94,75%, mesmo diante do novo cenário tarifário entre Estados Unidos e Brasil.
Às 11h20 de Brasília, as ações da companhia registravam forte queda de 6,07%. Segundo dados do InvestingPro, a Embraer exibe uma pontuação ótima em saúde financeira, refletindo solidez em seus indicadores.
Fonte: InvestingPro
Na última quarta-feira, o governo norte-americano confirmou a imposição de uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, com vigência a partir de 1º de agosto de 2025. De acordo com o Morgan Stanley, a medida afeta principalmente a divisão de Aviação Executiva da companhia, enquanto as demais unidades de negócio da fabricante apresentam exposição reduzida a esse tipo de risco.
As estimativas do banco apontam que, caso a nova tarifa entre plenamente em vigor, o impacto anualizado no EBIT da Embraer poderá variar entre US$ 300 milhões e US$ 400 milhões. Em comunicados anteriores, a companhia havia informado que uma tarifa de 10% geraria um custo anual aproximado de US$ 80 milhões.
O Morgan Stanley avalia que os efeitos da tarifa vigente de 10% serão modestos no segundo trimestre de 2025, com impacto limitado também ao longo do terceiro trimestre. Já o quarto trimestre tende a refletir com mais clareza a pressão sobre os resultados operacionais.
Apesar do cenário tarifário adverso, o Morgan Stanley considera eventuais correções nos papéis da Embraer como oportunidades de entrada, argumentando que a empresa possui linhas de produtos com presença global e exposição reduzida ao mercado norte-americano. Com projeções de analistas variando entre US$ 39 e US$ 68, e uma taxa de crescimento de receita de 39,31% nos últimos doze meses, a Embraer segue com espaço para valorização. A plataforma InvestingPro disponibiliza oito análises adicionais relevantes sobre a companhia.
Em atualizações recentes, a Embraer reportou entrega de 61 aeronaves no segundo trimestre de 2025, um avanço de 30% em relação ao mesmo período do ano anterior. Para o ano completo, a empresa projeta a entrega de 77 a 85 jatos na Aviação Comercial e de 145 a 155 aeronaves na Aviação Executiva.
No segmento internacional, a Scandinavian Airlines (SAS) formalizou um pedido de até 55 jatos E195-E2, estimado em US$ 4 bilhões, com início das entregas previsto para o final de 2027. O contrato inclui 45 aeronaves firmes, marcando um movimento relevante na renovação da frota da companhia europeia.
Já no setor de defesa, a Lituânia escolheu o C-390 Millennium para atender suas demandas logísticas, com a aquisição de três aeronaves que devem fortalecer a interoperabilidade com as forças da OTAN. Em paralelo, o Bank of America (NYSE:BAC) (BofA) Securities revisou para cima o preço-alvo da ação da Embraer, passando de US$ 55 para US$ 65, e manteve a recomendação de compra, com base nos resultados robustos do primeiro trimestre e na condução eficiente dos desafios logísticos globais.
A companhia registrou crescimento de 20% nas entregas em relação ao mesmo período do ano anterior e atingiu uma carteira de pedidos recorde de US$ 26 bilhões, consolidando sua posição como uma das principais fabricantes do setor aeronáutico global, com presença estratégica nos segmentos comercial, executivo e militar.
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