Investing.com – Analistas do banco Morgan Stanley (NYSE:MS) rebaixaram as ações do Pagbank e Stone de equalweight, neutro, para underweight, equivalente à venda, de acordo com relatório divulgado a clientes e ao mercado nesta quinta-feira, 05, denominado “fim do crescimento”.
O novo preço-alvo é de US$ 6,5 para Pagseguro e de US$ 7,0 para Stone, abaixo do consenso, que indica US$15,8 para PAGS e US$17,8 para STNE.
Para os analistas Jorge Kuri, Jorge Echevarria e Andrew Geraghty, o mercado não está atento aos desafios da saturação no setor. O Brasil deve ser a primeira economia do mundo a atingir uma saturação nos pagamentos digitais, na visão dos especialistas, o que deve ocorrer no final deste ano.
“Os pagamentos digitais no Brasil atingiram uma saturação – o crescimento e a lucratividade das aquisições comerciais podem enfrentar sérias pressões. Nós prevemos uma queda de 40-50% nas ações e pensamos que o consenso subestima as implicações no ecossistema de pagamentos”, alerta o banco.
O banco cortou as estimativas de lucro por ação de Pagbank e Stone para os próximos cinco anos, em até 46-56% em 2030, com a perspectiva de um TPV mais lento e compressão de preços de pré-pagamento, entre outros fatores.
“A concorrência dos incumbentes também deverá aquecer, depois de anos de complacência apoiada pelo forte crescimento de TPV”, completa o Morgan Stanley.
As projeções do banco para o lucro líquido do Pagbank e Stone no ano que vem estão 9% e 15% abaixo do consenso. Para 2026, 14% e 22%. “Na nossa opinião, o futuro das receitas de pré-pagamento está em risco”, concluem os analistas.
Às 10h29 (de Brasília), as ações do Pagbank (NYSE:PAGS) recuavam 10,38%, a US$9,50, enquanto os Brazilian Depositary Receipts (BDRs) (BVMF:PAGS34) estavam em baixa de 10,18%, a R$10,68.
As ações da Stone (NASDAQ:STNE) perdiam 9,99%, a US$11,35; já os BDRs (BVMF:STOC31) caíam 10,81%, a R$63,70.