Por Senad Karaahmetovic
O estrategista-chefe de investimentos da Oppenheimer cortou seu preço-alvo do S&P 500 para o fim do ano para 4000 pontos, embora continue otimista com as ações.
O novo alvo se baseia nas estimativas de resultados do S&P 500 de US$ 230, o que implica um múltiplo P/L de 17,4x.
“Acreditamos que os fundamentos econômicos dos EUA continuam bastante resilientes, mesmo diante de grandes desafios, como os altos índices de inflação, a política monetária cada vez mais restritiva e problemas na cadeia de suprimentos”, disse o estrategista em nota aos clientes.
Ele também continua "construtivo" com as ações, já que algumas “empresas sólidas” estão “muito sobrevendidas”. Nessas condições, o estrategista diz que as ações podem registrar um rali “modesto” antes do fim do ano.
“Prevemos a possibilidade de um rali por diversas razões, como: surpresas positivas na temporada de balanço do 3º tri, possível queda da inflação, resultados positivos nas eleições de meio de mandato nos EUA em novembro (na ótica do mercado), além de qualquer avanço no cenário fiscal e energético da Europa. É preciso considerar ainda um enfraquecimento potencial do dólar, o que pode alçar o mercado americano”, acrescentou.
Em uma nota separada, a Oppenheimer argumenta que é possível visualizar elementos básicos que apontam para um fundo nas ações.
“Nossa sensação é que a maior parte das ações atingiu o fundo, principalmente aquelas menos sensíveis a juros”, escreveu.