Investing.com – O banco digital PagBank (NYSE:PAGS) reportou um lucro líquido no segundo trimestre de R$415 milhões, alta de cerca de 3% frente ao ano anterior, mas com tendências de negócios que demonstram dificuldades no negócio, com taxas de aquisição em declínio e pressão em receitas financeiras, na visão de analistas do BTG e Itaú BBA.
Em relatório divulgado aos clientes e ao mercado, o BTG (BVMF:BPAC11) considerou a dinâmica desafiadora. Mesmo que as expectativas não fossem altas, os indicadores do PagBank (BVMF:PAGS34) demonstram a dificuldade enfrentada atualmente pelo negócio, no entendimento do banco.
Os analistas Eduardo Rosman, Thiago Paura e Ricardo Buchpiguel lembram que o capex caiu anualmente, mas disparou na análise trimestral em 20% superior ao esperado pelo banco. Além disso, diante de um cenário de Selic mais baixa, o BTG demonstra preocupação com a rentabilidade para o negócio de adquirência.
O BTG possui classificação neutra para os papéis, com preço-alvo de US$12.
O {{0|Itaú BBA} }, também em relatório, classificou os resultados como mistos. Ainda que o lucro tenha correspondido às expectativas, mostrou tendências fracas de volume de aquisição. Apesar disso, o fluxo de caixa operacional continua positivo.
Conforme apontam os analistas Pedro Leduc, William Barranjard e Mateus Raffaelli, a operação bancária sofreu com a regulamentação do limite de intercâmbio. “No geral, foi um trimestre decente, mas também refletiu os atuais desafios da indústria”, avalia o banco. “A deterioração se deve principalmente à implementação do limite de intercâmbio de cartões pré-pagos e de débito no 2T23”, completa.
O {{0|Itaú BBA} } conta com recomendação outperform para as ações, com preço-alvo de US$13.
Às 12h41 (de Brasília), as ações subiam 1,78%, a US8,86, enquanto os BDRs registravam alta de 0,59%, a R$8,56.