Por Ana Beatriz Bartolo
Investing.com - As discussões sobre o tema ESG (governança social e ambiental, na sigla em inglês) é uma tendência de longo prazo, mas alguns tópicos devem se fortalecer neste final de ano, segundo a XP (BVMF:XPBR31).
A transição energética é algo que já vem sendo discutida, mas a XP acredita que os investidores continuarão pressionando que empresas para que elas assumam seu papel na condução da descarbonização, via investimento em tecnologias que permitam a transição por parte também dos setores com maiores emissões.
Como o Brasil possui grandes reservas de energia renovável, a corretora afirma que o país está bem posicionado para captar recursos financeiros que permitam esse desenvolvimento tecnológico necessário para a transição.
Outro tema que está associado às emissões é o crédito de carbono. Em 2021, esse mercado já movimentou um valor recorde de US$ 851 bilhões, alta de 164% em relação a 2020, segundo dados da Refinitiv.
No Brasil, embora ainda existam definições importantes a serem feitas, em maio, o Governo Federal publicou um decreto regulamentando este mercado no país, criando um sistema único de registro (SINARE). Para a XP, isso é um claro sinal dos avanços na definição dos parâmetros para esse mercado, ao mesmo tempo em que deve trazer novos progressos ao longo do ano.
A plataforma de investimentos também acredita que o Brasil pode ser um protagonista no mercado de crédito de carbono, devido ao seu potencial para ajudar no combate às mudanças climáticas.
Por fim, o terceiro tema relacionado ao ESG que a XP destaca é sobre as regulamentações. Para a corretora, parte das mudanças adotadas pelas empresas serão impulsionadas por determinações impostas por agentes reguladores.