Investing.com – Na vanguarda das possibilidades de transição energética e soluções de mobilidade, a Raízen (BVMF:RAIZ4) ainda teria muito valor a ser desbloqueado. É o que pensam analistas do banco BTG (BVMF:BPAC11) e da XP, que enxergam visão de longo prazo e demonstram otimismo com a companhia, criada em 2011 como uma joint venture entre a Shell (NYSE:SHEL) e a Cosan (BVMF:CSAN3). Após o Raízen Day, o entendimento é de que a produtividade agrícola é o principal foco para os próximos trimestres.
Analistas do BTG classificaram a Raízen como “uma das empresas mais admiráveis do nosso universo de cobertura”, que ainda seria “o campeão verde que pensávamos que era”, com adequação à escala global.
“A integração upstream/downstream da Raízen continua sendo um ponto forte para nós, enquanto mantém uma estrutura enxuta e uma gestão ágil pela qual se tornou famosa”, detalham em relatório Thiago Duarte, Pedro Soares e Henrique Brustolin.
O BTG demonstra apreensão com o guidance da Raízen, especialmente em relação à alta anual de moagem da cana em cerca de 9%. Na visão dos analistas, há potencial para um salto maior. O banco possui classificação de compra para os papéis, com preço-alvo de R$8.
Já a XP Investimentos (BVMF:XPBR31), também em relatório, reforçou a perspectiva positiva para a companhia, que teria como prioridade, no momento, a produtividade agrícola. Entre os possíveis impulsionadores para a ação no curto prazo, a XP elenca a captura de valor em ganhos de produtividade agrícola, alocação de capital e desinvestimentos.
De acordo com os analistas Leonardo Alencar e Pedro Fonseca, a companhia seria “provavelmente a empresa brasileira mais bem preparada para aproveitar a atual tendência mundial de transição energética”.
Os analistas ponderam, no entanto, que concordam com a cautela dos investidores a respeito de riscos de execução e precificação dos projetos de transição energética.
Às 15h (de Brasília), as ações preferenciais da Raízen recuavam 0,57%, a R$3,47.