Investing.com – Uma futura queda nos preços do diesel e um possível impacto nos preços do frete de caminhões estão entre os pontos de cautela da empresa de logística Rumo (BVMF:RAIL3), assim como riscos de que os investimentos fiquem ainda superiores ao capex anunciado. Com esse cenário, em relatório divulgado aos clientes e ao mercado, o Goldman Sachs (NYSE:GS) atualizou as projeções para a companhia, incorporando os últimos resultados e diminuindo o preço-alvo, mas reforçando recomendação de compra para os papéis. O momento de curto prazo deve seguir sólido com um ambiente favorável de preços de frete rodoviário, contratos em vigor e perspectivas sólidas para a safra de soja.
A empresa seria uma boa proteção contra perdas no caso de uma deterioração nas perspectivas para o crescimento brasileiro, levando em consideração que mais de 80% dos volumes da Rumo são relacionados ao agronegócio, lembram os analistas Bruno Amorim, Joao Frizo e Guilherme Costa Martins.
Segundo o documento, a projeção é de que preços do diesel caiam cerca de 5% em 2023 e 2024, diante do retorno de impostos federais para os combustíveis de forma geral. “A demanda por logística deve continuar elevada apontando para um ambiente positivo de preços de frete para caminhoneiros e Rumo no próximo futuro (dado o pequeno espaço para preços mais baixos do diesel na bomba)”, completam os analistas.
O Goldman Sachs afirmou estar alinhado tanto com o guidance da empresa quanto com o consenso da Bloomberg no nível de EBITDA para este ano. O banco ajustou as projeções de receitas para 2023 em -5% e 2024 em -2%. Em relação ao EBITDA, as variações das estimativas foram de -3% e -1% respectivamente.
Os analistas enxergam a companhia com valuation razoável, ainda que não seja considerado barato. O Goldman Sachs possui recomendação de compra para as ações da Rumo, com preço-alvo passando de R$24 para R$22.
Às 13h45 (de Brasília) desta quinta-feira, 23, as ações da Rumo apresentavam queda de 2%, a R$17,64.