Investing.com – Após retomada recente nas ações, a Suzano (BVMF:SUZB3) continua extremamente subvalorizada, segundo o BTG (BVMF:BPAC11), que considerou o valuation descontado como um dos motivos para considerar a empresa como top pick em toda a sua cobertura. A indicação de compra possui como preço-alvo o patamar de R$81,00 ou US$14,0 para American Depositary Receipts (ADRs), o que representa um potencial de valorização superior a 40%. Às 14h50 (de Brasília), as ações da Suzano apresentavam estabilidade, a R$57,58.
De acordo com os analistas Leonardo Correa e Marcelo Arazi, as ações da Suzano foram valorizadas recentemente pela fraqueza na moeda brasileira, suporte de valuation, além da percepção de que os preços da celulose estão próximo ao nível mais baixo possível.
A Suzano seria, segundo os analistas “uma das principais beneficiárias do real mais fraco do Ibovespa, com quase 100% das receitas atreladas ao dólar e menos de 40% dos custos denominados em dólares americanos (principalmente produtos químicos e combustíveis)”. Os especialistas calculam que uma desvalorização de 10% do real adiciona 16% ao Ebitda da companhia.
A empresa estaria “altamente subvalorizada”, negociada a 5,3x EBITDA, bem abaixo dos pares globais a 7-8x.
“Esta desclassificação é em grande parte motivada por preocupações em torno da alocação de capital, após a tentativa fracassada de aquisição da IP, e incerteza em torno da valorização do Cerrado, que estimamos que possa acrescentar cerca de 20% em valor patrimonial”, completa o BTG, que entende que a administração tem demonstrado seus receios com o valuation por meio de recompras agressivas e cancelamento de ações.