Investing.com – O excesso da oferta de energia, que pressiona os preços, e o cenário de forte entrada de fontes renováveis na matriz energética motivam o rebaixamento das ações da Eneva (BVMF:ENEV3) pelo UBS BB, que afirma que está “chovendo nos planos” da companhia. O banco atualizou a classificação de neutra para venda e diminuiu o preço-alvo em cerca de 30%.
De acordo com os analistas Giuliano Ajeje, Luiz Carvalho e Gustavo Cunha, esses fatores reduzam a capacidade da Eneva de renovar contratos de reserva de energia, cenário afetado ainda pela piora macroeconômica.
“Uma combinação de boa hidrologia e uma forte entrada de fontes renováveis fontes na matriz, dado um governo mais focado em ESG, está impulsionando as incertezas nas perspectivas relacionadas à renovação de contratos”, apontam os analistas.
Além disso, entre outras preocupações, está o contrato de Termofortaleza, com vencimento em 2023 e, em Bahia Terra, o risco da venda subiu após mudanças na gestão da Petrobras (BVMF:PETR4).
A Eneva estaria altamente alavancada, segundo os analistas, que alertam para uma relação dívida líquida/EBITDA no primeiro trimestre em 4,6x.
O preço-alvo da recomendação passou de R$15,00 para R$10,50. Às 14h30 (de Brasília) desta segunda, 05, as ações da Eneva apresentavam queda de 3,09%, a R$11,59.