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Varejo: Onde investir com demanda volátil, segundo o Goldman Sachs

Publicado 05.04.2023, 15:57
Atualizado 06.04.2023, 08:28
© Reuters
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Investing.com – Com juros elevados e inadimplência em alta, o ambiente para as companhias do setor de varejo ainda requer atenção. A demanda por bens duráveis ​​começou o ano com uma surpresa positiva e um ambiente menos competitivo para as varejistas diante da crise contábil da Americanas, além de alterações tributárias que reduzem a diferença de preços entre os canais on e offline, segundo relatório do banco Goldman Sachs (NYSE:GS). No documento divulgado aos clientes e ao mercado, o GS recomenda a compra das ações da companhia de vestuário Lojas Renner (BVMF:LREN3) e da empresa voltada aos itens para animais de estimação Petz (BVMF:PETZ3) diante de um cenário ainda instável para o setor como um todo.

Recomendações

O banco projeta que a Renner eleve sua receita líquida de varejo em cerca de 7% ao ano neste primeiro trimestre de 2023, mesmo diante de um cenário de descolamento de marcas de alto padrão, como Arezzo (BVMF:ARZZ3), cuja projeção de crescimento estaria em torno de 24%. O preço-alvo para a Renner, no entanto, passou de R$32 para R$31.

Em relação à Petz, que também conta com classificação de compra para os papéis, o GS estima receita líquida/EBITDA para 2023 5% menor, pois a companhia tende a assumir uma postura mais conservadora nas vendas, visando maior rentabilidade. O banco também reduziu o preço-alvo, passando de R$8,6 para R$8.

Para a Mobly (BVMF:MBLY3), a recomendação é neutra, com expectativas de receita líquida para este ano em baixa de 18% após a incorporação da perda de vendas reportada no 4T22. O novo preço-alvo de 12 meses para o papel é de R$ 2,5, contra os R$ 2,9 anteriores.

Cenário do varejo

De acordo com os analistas Irma Sgarz, Felipe Rached e Gustavo Fratini, os dados do varejo de fevereiro teriam sofrido com a volta do Carnaval e março teria iniciado em melhora, mas “as temperaturas mais quentes do que o normal logo pesaram no apetite das consumidores pelas coleções de meia-estação/outono que chegaram às lojas final de fevereiro/início de março”, detalha o Goldman.

"Acreditamos que essa tendência volátil, com demanda mais vulnerável do que o habitual a efeitos pontuais, reflete um consumidor que permanece pressionado pela alavancagem e pela inflação de alimentos", completa o banco. O GS avalia que os consumidores estão resistentes às altas nos preços, entre eles de vestuário, que subiram 29% desde o início de 2020.

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