Por Ana Beatriz Bartolo
Investing.com - A XP atualizou a sua previsão para o Ibovespa de 145.000 para 135.000 pontos no fim do ano, levando em consideração o aumento das taxas de juros de longo prazo e o rápido crescimento dos resultados. Por causa dos riscos fiscais e políticos, as metas de múltiplos P/L e EV/EBITDA também foram reduzidas de 12x para 9,5x, e de 7,0x para 6,0x, respectivamente.
Segundo o relatório, a expectativa é que o mercado levará mais tempo para “voltar às médias históricas” por causa dos riscos e da discussão sobre a sustentabilidade dos altos preços das commodities. Ainda assim, a XP enxerga uma relação de risco/retorno bastante favorável nos preços atuais para as ações brasileiras.
O Ibovespa variou positivamente apenas 0,06% desde o começo do ano, enquanto os índices dos EUA e Europa subiram entre 15% e 20%. No último mês, o índice brasileiro recuou quase 2,50%, enquanto os americanos e europeu valorizaram entre 2% e 4%. Isso, de acordo com o relatório, está relacionado com o agravamento da crise política, a indefinição da reforma tributária e as dúvidas a respeito da saúde fiscal do país.
Carteira de setembro
Para setembro, a XP optou por indicar Weg (SA:WEGE3) no lugar da Sul América (SA:SULA11) nas suas recomendações. Em agosto, a carteira de ações caiu -4,3%, enquanto o Ibovespa terminou o mês com uma queda de -2,5%.
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A seleção também é composta por B3 (SA:B3SA3), Arezzo (SA:ARZZ3), Localiza (SA:RENT3), Klabin (SA:KLBN11), Multiplan (SA:MULT3), Vale (SA:VALE3) e Lojas Americanas (SA:LAME4) com uma participação de 10% cada, além de 5% de Assaí (SA:ASAI3) e 15% de Rede D'Or (SA:RDOR3).
A saída da Sul América foi motivada pelo avanço da variante delta do coronavírus e pela expectativa de maior sinistralidade no curto prazo. Já a indicação da Weg está relacionada com os fortes resultados operacionais, a retomada de investimentos globais e portfólio diversificado, que compensa os riscos políticos nacionais com uma maior exposição a outros mercados.