Por Tetsushi Kajimoto e Leika Kihara
TÓQUIO (Reuters) - As exportações japonesas caíram com força em abril e a atividade industrial sofreu a contração mais rápida desde que o primeiro-ministro, Shinzo Abe, assumiu o cargo no final de 2012, dando mais evidências de que a política de estímulos conhecida como "Abenomics" está tendo dificuldades para ganhar força.
Números fracos ampliam a pressão tanto sobre Abe quanto sobre o banco central japonês para que façam mais em busca de reanimar o crescimento, mesmo que economistas e investidores globais temam que os bancos centrais possam estar alcançando seus limites com experimentos radicais que ainda não estimularam o crescimento.
Dados desta segunda-feira mostraram que as exportações do Japão caíram 10,1 por cento em abril comparado com o mesmo período do ano anterior, o declínio mais rápido em três meses, com a força do iene e a fraqueza da China e de outros mercados emergentes pressionando o comércio do país.
As importações encolheram mais de 23 por cento, refletindo não apenas os preços menores das commodities, mas a demanda doméstica fraca que têm desafiado o forte programa de compra de ativos do Banco do Japão, que está agora em seu quarto ano.
A pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) sugeriu nesta segunda-feira que há mais dificuldades no horizonte das indústrias japonesas. O PMI preliminar do Markit/Nikkei de maio mostrou que a atividade industrial encolheu pelo terceiro mês consecutivo, enquanto o total de novas encomendas recuou ao ritmo mais acentuado em 41 meses.