Investing.com - A tendência de uma postura mais conservadora sobre os investimentos e a expectativa de que a inflação caia nos próximos meses fez com que NTN-Bs acima de cinco anos e LFTs tivessem retornos maiores em maio, segundo a Anbima.
No mês passado, a carteira do IMA Geral, que reúne títulos públicos marcados a mercado, valorizou 0,92%, acumulando retorno de 4% no ano. Entre os subíndices, as maiores valorizações foram do IMA-B5+, uma carteira de maior duração composta por NTN-Bs acima de cinco anos, seguido pela de menor duração, IMA-S que traz LFTs em mercado. Esses subíndices renderam 1,16% e 1,11%, respectivamente.
Para a Anbima, esses resultados refletem duas percepções do mercado. A primeira é uma tendência mais conservadora, consequência da inflação acima do previsto e os seus impactos em diferentes segmentos da economia. Para a associação, esse cenário impõe cautela e mantém a atratividade das LFTs, que rendem a taxa Selic diária.
Já o segundo aspecto é a expectativa de que a inflação pode cair nos próximos meses, diante da combinação de fatores sazonais com os efeitos defasados do ciclo de alta dos juros na atividade econômica. A trajetória da inflação implícita embutida nas taxas dos títulos pré-fixados sinalizou em maio uma redução relevante de patamar para o prazo de um ano. Esse indicador, que estava em 8% em 13 de maio, fechou o mês em 6,8%, aponta a Anbima.
Essa queda da inflação implícita se refletiu na valorização dos títulos pré-fixados, sobretudo nos títulos com prazo de até um ano, que variaram 0,95% em maio, a maior dessa carteira desde julho de 2017, segundo a associação.
Para os papéis acima de um ano, o retorno mensal foi de 0,39%, ao passo em que a rentabilidade da carteira total dos títulos pré-fixados marcados a mercado, expresso pelo IRF-M, foi de 0,58%, acumulando no ano uma alta de 1,82%.
Entre os títulos corporativos, a Anbima afirma que o destaque em maio foi o IDA-DI que valorizou 1,23% no período, seguido do IDA-IPCA ex-infraestrutura que registrou retorno de 1,15%. O IDA Geral, que reflete a carteira total das debêntures em mercado, avançou 1,19% no mês, acumulando variação de 5,48% no ano.