A REC Real Estate, uma gestora sediada em São Paulo, revogou a nova emissão de cotas do fundo de investimento imobiliário REC Logística (RELG11 (SA:RELG11)), que vinha sendo alvo de críticas dos atuais cotistas do fundo por ter sido anunciada com um preço 27% abaixo do valor patrimonial dos imóveis contidos no ativo.
Ontem, a Bloomberg Línea reportou a onda de críticas crescentes dos investidores do ativo em fóruns de internet e grupos de Telegram desde a sexta-feira.
A queixa majoritária era sobre a destruição de patrimônio dos cotistas com o valor da subscrição a R$ 70,31 – bem abaixo dos cerca de R$ 95 do valor dos atuais imóveis do fundo. O custo anunciado da emissão do RELG11 de 4,4% – percentual considerado alto no mercado de FIIs brasileiro – também alimentou a insatisfação.
O comunicado ao mercado sobre a revogação da oferta e de cancelamento do registro da oferta, concedido em 26 de novembro, foi publicado ontem à noite. Os períodos de exercício do direito de preferência e de subscrição das novas cotas, previstos para começarem amanhã, não serão iniciados.
O RELG11 tem 4100 cotistas e patrimônio de 127 milhões (valor de mercado R$ 93 milhões). O objetivo da emissão cancelada seria captar R$ 150 milhões para comprar galpões logísticos em Camaçari e Simões Filho, na região metropolitana de Salvador.
A Bloomberg Línea entrou em contato com a REC para obter comentários sobre a decisão de revogar a emissão. Esta reportagem será atualizada assim que a gestora se pronunciar.