Investing.com - Os gestores de ativos locais e estrangeiros seguem com grande cautela e com baixa exposição ao setor imobiliário, segundo o BTG (BVMF:BPAC11). Após a realização da CEO Conference, o banco destacou em relatório divulgado aos clientes e ao mercado que construtoras ainda são fortemente subestimadas e os investidores estão mais interessados em shoppings. No entanto, o BTG prefere exposição ao setor de construção de baixa renda, enquanto considera shoppings como ativos defensivos.
De acordo com os analistas Gustavo Cambauva, Elvis Credendio e Bruno Tomazetto, os investidores locais estão mais otimistas com os shoppings brasileiros – ainda que não com os imóveis. Já os investidores estrangeiros têm exposição baixa a zero para construtoras ou shoppings, e não demonstram que isso deve ser alterado.
Cenários
Enquanto os shoppings estão otimistas com aluguéis em 2023, ainda que reconheçam o cenário macroeconômico mais desafiador, o setor de habitação de médio/alto padrão demonstra uma maior cautela e indicativo de seletividade nos lançamentos, pois o macro pode afetar as vendas.
Já a habitação popular pode encontrar bons ventos para alavancar a geração de caixa diante de programas como Minha Casa, Minha Vida e o Programa Popular de São Paulo Pode Entrar.
No segmento de logística, as perspectivam seguem favoráveis, diante do crescimento dos aluguéis acima da inflação, baixa taxa de vacância e inquilinos ainda investindo em centros de distribuição. Por outro lado, custo de capital e o capex de construção apresentaram forte alta recentemente.