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Concessionárias de rodovias recuam com MP isentando cobrança de eixo suspenso

Publicado 28.05.2018, 10:26
Concessionárias de rodovias recuam com MP isentando cobrança de eixo suspenso
CCRO3
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Investing.com - Com a decisão do Governo Federal de isentar a cobrança do eixo suspenso dos caminhões sem carga nos pedágios de todas as rodovias do país, as ações das concessionárias CCR (SA:CCRO3) e Ecorodovias (SA:ECOR3) operam com desvalorização respectivas de 3,30% a R$ 10,25 e de 4,3% a R$ 7,62. No caso da Triunfo TPIS3, as perdas são de 2,20% a R$ 1,78.

Na avaliação da XP Investimentos, a Medida Provisória anunciada pelo governo é negativa. O governador de São Paulo, Márcio França (PSB) informou ontem que a decisão gerará impacto de R$ 50 milhões ao mês na arrecadação do estado, com as concessionárias devendo ressarcidas.

Apesar do governador ter dito que haverá o ressarcimento, a forma que as empresas do setor serão compensadas ainda não está certa. Agora, a MP que passa a valer imediatamente, será discutida no Congresso Nacional no prazo de 120 dias.

Para a Coinvalores, além do impacto do fluxo de veículos, bastante reduzido nas estradas nesses dias de paralisação, outro ponto que afeta o negócio dessas empresas é a decisão do governo de São Paulo de suspender a cobrança de pedágio sobre os eixos suspensos dos caminhões. Nas rodovias federais isso já acontecia, mas São Paulo era um dos estados que não seguiram a orientação federal e mantinham a cobrança.

A corretora vê o fato cmo marginalmente negativo para as empresas do setor, pois a perda de receita com a decisão deverá ser totalmente compensada, de alguma forma, pelo poder concedente. Mas, nos últimos anos, lembra os analistas, aconteceram ruídos em negociações de compensações desse tipo, o que acaba sendo negativo, especialmente no momento em que vemos um nível de risco mais elevado no setor, muito por conta das investigações em curso.

MP publicadas

As medidas provisórias anunciadas pelo presidente Michel Temer para atender às reivindicações dos caminhoneiros foram publicadas em edição extra do Diário Oficial da União na noite de domingo.

As três MPs se somam à decisão do governo de reduzir o preço do diesel em 0,46 centavo por litro por 60 dias, o que corresponde a zerar a Cide e o PIS/Cofins. Segundo Temer, a União irá ressarcir a Petrobras (SA:PETR4) pelo custo do congelamento dos preços do óleo diesel.

As medidas publicadas no DO estendem para rodovias estaduais e federais a suspensão da cobrança de pedágio sobre eixos suspensos de caminhões vazios, estabelece preço mínimo para o frete no país e garante 30 por cento dos fretes da Conab para os caminhoneiros autônomos.

O presidente fez o anúncio das MPs e da redução do diesel em declaração no Palácio do Planalto também no domingo, na esperança de encerrar uma paralisação de caminhoneiros por todo país que completa uma semana nesta segunda-feira, provocando desabastecimento e afetando diversos setores da economia.

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