Calendário Econômico: Guerra tarifária, Super Quarta, PIB dos EUA e payroll
O Brasil registrou 917.748 roubos e furtos de celulares em 2024, representando uma redução de 13,4% em comparação com o ano anterior. Os dados foram divulgados nesta 5ª feira (24.jul.2025) pelo FBSP (Fórum Brasileiro de Segurança Pública), no 19º Anuário Brasileiro de Segurança Pública. Apesar da queda, o número ainda equivale a 2 aparelhos subtraídos a cada minuto no país.
A maioria dos crimes (79,6%) foi realizado em vias públicas, principalmente nos períodos de 6h a 8h da manhã e das 19h às 20h. As vítimas são predominantemente homens (59,1%) e pessoas negras (63,1%), com maior concentração na faixa etária de 20 a 39 anos, que representa 52% dos casos.
- São Luís (MA) lidera o ranking nacional, com taxa de 744,0 roubos e furtos por 100 mil habitantes.
- Belém (PA) com taxa de 681,3.
- São Paulo (SP) com 339,5.
- Salvador (BA) com taxa estimada de 305,8.
Outras 16 cidades com mais de 100 mil habitantes também registraram índices acima da média nacional.
O levantamento mostra que 6.243 ocorrências são registradas por 100 mil habitantes na faixa etária de maior incidência. Aproximadamente 59% dos aparelhos são subtraídos em locais públicos. Samsung (KS:005930), Motorola e Apple (NASDAQ:AAPL) são as marcas mais visadas pelos criminosos.
5ª e 6ª feira concentram 29,8% das ocorrências, segundo o estudo. A recuperação dos aparelhos permanece baixa: dos 917 mil celulares roubados ou furtados, apenas 81 mil foram recuperados pelas polícias, o que representa cerca de 9% do total.
O FBSP atribui a redução nos números a fatores como o aumento no uso de autenticação bancária e biometria facial, que dificultam o acesso a aplicativos, a desvalorização na revenda de aparelhos bloqueados e a implementação de ações policiais e políticas públicas de rastreamento.
Os registros de receptação de celulares também diminuíram 7,3%, resultado que o relatório associa a programas como o Celular Seguro, lançado pelo governo federal.
Mesmo com a queda nos números de roubos e furtos, o documento alerta que os celulares continuam sendo alvo prioritário por funcionarem como “porta de entrada” para outros delitos. O relatório destaca que os estelionatos eletrônicos cresceram 19% em 2024, totalizando mais de 2,1 milhões de registros.
O FBSP ressalta que a subnotificação permanece elevada. A estimativa é que apenas metade das vítimas registra boletim de ocorrência após ter seu aparelho roubado ou furtado.