BERLIM (Reuters) - O apoio da população à chanceler da Alemanha, Angela Merkel, caiu para seu menor nível em quatro anos e meio, revelou uma pesquisa nesta quarta-feira, já que a maioria dos eleitores mostrou duvidar que seu governo tem a crise de refugiados sob controle.
O levantamento da rede de televisão pública ARD também apontou uma queda no apoio aos conservadores da coalizão de Merkel, enquanto o endosso ao partido anti-imigrante Alternativa para a Alemanha chegou a seu maior índice na pesquisa.
Merkel vem sendo cada vez mais pressionada a reduzir o número de postulantes a asilo depois que 1,1 milhão deles entraram no país no ano passado. O desassossego popular também cresceu após as agressões sexuais contra mulheres ocorridas em Colônia na véspera do Ano Novo.
A pesquisa, realizada entre os dias 1o e 2 de fevereiro, mostrou que só 46 por cento dos alemães apóiam a chanceler, a menor proporção desde agosto de 2011. Em abril do ano passado, antes da irrupção da crise imigratória, ela usufruía de 75 por cento de aprovação.
A análise ainda mostrou que 81 por cento dos entrevistados não acreditam que o governo esteja lidando bem com a crise –um sinal de insatisfação crescente com os esforços para limitar o influxo dos fugitivos da guerra e da pobreza na África e no Oriente Médio.
O apoio a seu bloco conservador, composto por sua legenda, os Democratas Cristãos (CDU, na sigla em alemão), e a União Social-Cristã da Baviera (CSU (SA:CARD3)), também diminuiu para 35 pontos percentuais.