Gleisi diz que decisão de Dino sobre aplicação de leis estrangeiras colocou ’pingos nos is’

Publicado 19.08.2025, 12:57
© Reuters Gleisi diz que decisão de Dino sobre aplicação de leis estrangeiras colocou 'pingos nos is'

A ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, elogiou a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino sobre a aplicação de leis estrangeiras no Brasil. "Ministro Flávio Dino colocou os pingos nos is: cidadãos e cidadãs do Brasil no território nacional estão sujeitos, exclusivamente, à Constituição e às leis do Brasil", escreveu Gleisi no X (antigo Twitter) nesta segunda-feira, 18.

Segundo a ministra, reafirmar esse princípio é essencial em um momento em que ministros da Suprema Corte têm sido alvo de sanções por parte do governo dos Estados Unidos. Gleisi ainda alfinetou a família do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ao dizer que, "apesar dos traidores, o Brasil é dos brasileiros".

Mais cedo, Dino havia decidido que normas ou decisões judiciais de outros países não produzem efeitos em território brasileiro, salvo se houver validação da Justiça nacional.

A manifestação foi feita no âmbito de uma ação movida pelo Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) contra contratos firmados entre escritórios de advocacia do Reino Unido e municípios brasileiros.

Ao determinar que a Justiça britânica não pode impor restrições às leis e ao Judiciário do Brasil, Dino afirmou que a decisão tem efeito "vinculante", ou seja, abrange qualquer ordem estrangeira que pretenda impor "atos unilaterais por sobre a autoridade dos órgãos de soberania do Brasil".

Sem citar diretamente a Lei Magnitsky, Dino afirmou que o Brasil tem sido "alvo de diversas sanções e ameaças" e que a decisão foi necessária para evitar a "imposição de força de algumas nações sobre outras".

Outras autoridades se manifestaram sobre a decisão do ministro Flávio Dino. É o caso do deputado Lindbergh Farias (PT-RJ) e da deputada Talíria Petrone (PSOL-RJ), que também apoiaram a decisão do magistrado, e do senador Carlos Portinho (PL-RJ) e do deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), críticos do entendimento.

Aplicação da Lei Magnitsky

A Lei Magnitsky foi aplicada pelos Estados Unidos contra o ministro Alexandre de Moraes. O dispositivo autoriza o governo americano a impor sanções a pessoas acusadas de corrupção ou violações de direitos humanos. As medidas incluem o congelamento de bens em território americano, o bloqueio de contas bancárias e restrições de entrada no país.

A decisão teve como motivação a atuação de Moraes em processos que envolvem Bolsonaro e a suposta tentativa de golpe de Estado pela qual ele responde no STF.

Um dos filhos do ex-presidente, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), foi morar nos Estados Unidos e incentivar sanções do governo Trump contra autoridades brasileiras, buscando o fim do processo contra Jair Bolsonaro.

Eduardo se considera um "conselheiro informal" da gestão e comemora nas redes sociais os anúncios de restrições e suspensão de vistos para autoridades brasileiras.

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2025 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.