Índice de governabilidade de Lula cai pelo segundo mês seguido, mostra estudo

Publicado 11.08.2025, 09:02
Atualizado 11.08.2025, 12:40
© Reuters Índice de governabilidade de Lula cai pelo segundo mês seguido, mostra estudo

O Índice de Governabilidade (I-Gov) do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) registrou piora discreta pelo segundo mês consecutivo em julho. Desta vez, o coeficiente registrou 46,2%, ante 46,8% de junho. Os dados são do estudo da 4Intelligence obtido com exclusividade pelo Estadão/Broadcast.

O índice de governabilidade é resultado de levantamento para medir as condições do governo de por em prática suas prioridades e emplacar sua agenda em relação aos demais Poderes e ainda sua repercussão na opinião pública.

O petista se manteve estável diante do Legislativo e teve ligeira queda em relação ao Judiciário, enquanto melhorou razoavelmente na esfera da opinião pública. Apesar do alto índice (78% ante 82%), a governabilidade de Lula junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) recuou por conta de pontuais decisões desfavoráveis a seus interesses.

O governo federal em si não sofreu derrotas em nenhum dos processos que questionam itens de sua agenda, sofrendo apenas efeitos de processos relativos a mandatos de presidentes anteriores.

Já no Congresso Nacional, o presidente manteve a estabilidade já percebida pelo levantamento no mês anterior, no baixo patamar de 19%. No período, o Planalto obteve êxito na aprovação de duas Medidas Provisórias (MPs) em sua forma original, sem alterações, enquanto outras duas foram rejeitadas.

Lula registra desempenho 11 pontos abaixo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em igual período de 2021 e bem inferior aos de seus dois primeiros mandatos (83% em 2005 e 71% em 2009). A expectativa do instituto para agosto é de nova queda, em meio a ações de obstrução da oposição no Congresso em retaliação à prisão domiciliar do capitão reformado e à ameaça dos partidos PP e União Brasil romperem definitivamente com o governo.

Por sua vez, a opinião pública melhorou razoavelmente. O I-Gov registrou aumento de 40% - a pior marca da gestão atual e da história de Lula - para 42%, puxado pelas pesquisas Quaest, Datafolha e Poder Data divulgadas no período. Todas apresentaram melhora na avaliação do presidente.

Ainda assim, trata-se do décimo terceiro mês seguido abaixo dos 50 pontos, marca registrada pela última vez em junho de 2024. E as pesquisas divulgadas mostram que o embate entre ricos e pobres na questão do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), promovido pelo governo, e o tarifaço do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, não foram suficientes para reverter de forma expressiva os maus resultados associados à popularidade.

O I-Gov é composto pela média simples de três dimensões associadas ao fenômeno: a relação da agenda do Executivo com o Legislativo, a partir da aprovação de MPs; a interação do Planalto com o Poder Judiciário, a partir do posicionamento do Supremo Tribunal Federal em relação a determinadas Ações Diretas de Inconstitucionalidade (ADIs); e a percepção da opinião pública em avaliações do trabalho do presidente.

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