Mais Médicos foi golpe diplomático, diz Embaixada dos EUA

Publicado 15.08.2025, 09:08
© Reuters.  Mais Médicos foi golpe diplomático, diz Embaixada dos EUA

A Embaixada dos Estados Unidos no Brasil afirmou nesta 5ª feira (14.ago.2025) que o programa Mais Médicos foi “um golpe diplomático que explorou médicos cubanos” e que “enriqueceu o regime cubano corrupto”. A publicação se dá um dia depois de os EUA terem anunciado sanções a brasileiros e ex-funcionários da Opas (Organização Pan-Americana da Saúde) ligados ao programa.

“Não restam dúvidas: os EUA continuarão responsabilizando todos os indivíduos ligados a esse esquema coercitivo de exportação de mão de obra”, escreveu a representação diplomática.

ENTENDA

A participação de trabalhadores de Cuba no programa Mais Médicos foi uma das justificativas usadas pelos Estados Unidos para revogar na 4ª feira (13.ago.2025) os vistos de funcionários e ex-funcionários do governo brasileiro, além de ex-funcionários da Opas (Organização Pan-Americana da Saúde) e familiares.

Segundo o departamento, “funcionários foram responsáveis ou envolvidos na cumplicidade do esquema coercitivo de exportação de mão de obra do regime cubano, que explora trabalhadores médicos cubanos por meio de trabalho forçado”. O texto diz que o “esquema” serviu para enriquecer o “corrupto regime cubano” e privar a população de Cuba de cuidados médicos essenciais.

O texto cita Mozart Julio Tabosa Sales, atual secretário de Atenção Especializada à Saúde do Ministério da Saúde, e Alberto Kleiman, ex-Assessor de Relações Internacionais do Ministério da Saúde, ex-diretor de Relações Externas da Opas e atual coordenador-geral da OTCA (Organização do Tratado de Cooperação Amazônica) para a COP30.

“Como parte do programa Mais Médicos do Brasil, essas autoridades usaram a Opas como intermediária com a ditadura cubana para implementar o programa sem seguir os requisitos constitucionais brasileiros, driblando as sanções dos EUA a Cuba e, conscientemente, pagando ao regime cubano o que era devido aos profissionais de saúde cubanos”, diz o texto.

Ainda segundo o comunicado, “médicos cubanos que atuaram no programa relataram ter sido explorados pelo regime cubano como parte do programa”.

Esta reportagem foi escrita pela estagiária de jornalismo Luisa Rany sob a supervisão do editor Guilherme Pavarin

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