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Investing.com – O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fez declarações sobre diversos temas nesta quinta-feira, durante uma visita à região do Golfo, incluindo um possível acordo nuclear com o Irã e as operações da Apple (NASDAQ:AAPL) na Índia.
Trump afirmou que os EUA estão próximos de concluir um acordo nuclear com o Irã, acrescentando que Teerã teria “mais ou menos” concordado com os termos.
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“Estamos em negociações muito sérias com o Irã por uma paz de longo prazo”, disse ele em um evento empresarial no Catar.
“Estamos chegando perto de talvez firmar um acordo sem precisar fazer isso... existem dois caminhos para isso: um muito, muito positivo e o outro, violento — mas eu não quero seguir a segunda via.”
Negociadores dos EUA e do Irã realizaram novas conversas no domingo, com o objetivo de resolver impasses sobre o programa nuclear iraniano. Autoridades indicaram que outras rodadas estão previstas. O Irã sinalizou que segue enriquecendo urânio.
Enquanto isso, Trump revelou ter conversado com o CEO da Apple, Tim Cook, tentando convencê-lo a não expandir a produção na Índia.
Segundo ele, transmitiu a Cook que não queria que a empresa “construísse na Índia”, argumentando que “a Índia pode cuidar de si mesma, eles estão indo muito bem”.
De acordo com Trump, a Apple deverá, em vez disso, aumentar sua produção nos Estados Unidos.
Sobre a Índia, o presidente afirmou que o país teria concordado em eliminar praticamente todas as tarifas sobre produtos norte-americanos como parte de um possível pacto comercial.
Anteriormente, Trump havia sugerido que um cessar-fogo entre Índia e Paquistão, após recentes confrontos, teria como base um acordo comercial, declaração contestada por autoridades indianas.
Nova Délhi também afirmou estar disposta a impor tarifas retaliatórias contra os EUA, em resposta às taxas americanas sobre aço e alumínio.
Em outro trecho, Trump declarou que o comércio entre EUA e China “praticamente congelou [...] por cerca de um mês”, enquanto Washington buscava corrigir os desequilíbrios percebidos na balança comercial com Pequim.
Ele elogiou o secretário do Tesouro, Scott Bessent, pelos esforços que resultaram em uma trégua comercial com a China após negociações de alto nível no fim de semana passado. Na segunda-feira, EUA e China concordaram em reduzir tarifas recíprocas e adiar temporariamente novas cobranças por 90 dias. Analistas, no entanto, apontam que os níveis tarifários seguem acima do que estavam no início do segundo mandato de Trump.
Quanto ao conflito entre Ucrânia e Rússia, Trump sugeriu que o presidente russo, Vladimir Putin, não compareceria às negociações com Kiev na Turquia caso ele próprio não estivesse presente.
“Eu não achava possível que Putin fosse [às negociações em Istambul] se eu não estivesse lá”, afirmou.
Trump indicou, contudo, que participaria das conversas “se for apropriado”, acrescentando que os confrontos entre Rússia e Ucrânia precisam cessar. O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, está entre os representantes norte-americanos na delegação.
O nome de Putin não constava na lista de representantes divulgada pelo Kremlin para os encontros presenciais, os primeiros desde o início do conflito, em 2022.
Também não estava claro se o presidente ucraniano, Volodimyr Zelenski, participaria, já que afirmou no início da semana que não estava disposto a dialogar com nenhum representante russo além de Putin.