O governo brasileiro informou neste sábado (7.out.2023), via Itamaraty, que vai convocar uma reunião de emergência na ONU para debater os ataques do Hamas a Israel. O país ocupa o cargo rotativo de presidente do Conselho de Segurança da entidade.
“Na qualidade de Presidente do Conselho de Segurança das Nações Unidas, o Brasil convocará reunião de emergência do órgão”, disse, em nota. Leia a íntegra.
O ministério das Relações Exteriores condenou os ataques iniciados na manhã deste sábado. Disse que “expressa condolências aos familiares das vítimas e manifesta sua solidariedade ao povo de Israel”. Até o momento, segundo o Itamaraty, não há brasileiros entre as vítimas.
Assista (3min24s):
O governo brasileiro ainda exortou Israel e Palestina a avançarem nos acordos para o estabelecimento de 2 Estados na região, um judeu (Israel) e um Palestino. Citaram os acordos de Oslo, firmados em 1993, como referência.
“O governo brasileiro reitera seu compromisso com a solução de dois Estados, com Palestina e Israel convivendo em paz e segurança, dentro de fronteiras mutuamente acordadas e internacionalmente reconhecidas. Reafirma, ainda, que a mera gestão do conflito não constitui alternativa viável para o encaminhamento da questão israelo-palestina, sendo urgente a retomada das negociações de paz”, diz a nota.
ESTADO DE GUERRA
Israel declarou “estado de alerta para guerra” depois de um ataque surpresa do Hamas neste sábado (7.out). A ação já deixou pelo menos 22 mortos e quase 300 feridos, segundo o jornal Times of Israel.
Assista ao pronunciamento de Netanyahu (1min1s):
Integrantes do grupo radical islâmico palestino se infiltraram em território israelense e foguetes foram disparados a partir da Faixa de Gaza. Sirenes foram ouvidas em diversas cidades do centro e do sul do país, como Jerusalém.
A IDF (sigla em inglês para Forças de Defesa de Israel) disse que o Hamas “enfrentará as consequências e a responsabilidade por estes acontecimentos”. O órgão informou no X (antigo Twitter) que foi lançada “uma operação em grande escala para defender os civis israelenses”. A operação foi chamada de “Espada de Ferro”.
Foram relatados tiroteios em cidades do sul do país. É o maior ataque a Israel em anos. Segundo o comandante militar do Hamas, Mohammad Deif, 5.000 foguetes foram lançados. Ele pediu que palestinos de todo o mundo lutassem. “Este é o dia da maior batalha para acabar com a última ocupação na Terra”, disse, citado pela agência Reuters.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que o país está em “em guerra”, mas sairá vencedor. “O inimigo pagará um preço como nunca conheceu antes”, afirmou em vídeo divulgado em suas redes sociais.
O ataque se dá 1 dia depois de Israel assinalar o 50º aniversário da guerra de 1973, quando houve um ataque surpresa das forças egípcias e sírias sobre as fronteiras norte e sul do país.