Uma equipe chinesa desenvolveu uma plataforma de IA (inteligência artificial) que pode ajudar a detectar com alta precisão o câncer pancreático em fase inicial usando imagens de raios-x.
A Panda, uma abordagem de aprendizagem profunda desenvolvida pela Academia Damo do Alibaba (NYSE:BABA), pode ampliar e identificar características patológicas sutis em imagens de tomografia computadorizada que são difíceis de detectar a olho nu.
O câncer pancreático é um tumor altamente maligno, mas tem o potencial de ser curável se detectado muito cedo.
A Panda foi inicialmente treinada com dados de 3.208 pacientes de um centro único. Segundo um estudo publicado esta semana na revista Nature Medicine, a ferramenta de IA alcançou uma sensibilidade de 94,9% e uma especificidade de 100% em uma coorte de testes internos de 291 pacientes da Instituição de Doença Pancreática de Xangai.
O modelo foi então validado em coortes multicêntricas externas de 5.337 pacientes da China e da República Tcheca usando varredura de tomografia computadorizada abdominal. Sua sensibilidade e especificidade foram de 93,3% e 98,8%, respectivamente, superando o desempenho do radiologista médio.
A sensibilidade refere-se à capacidade de um teste de designar um indivíduo com doença como positivo, enquanto a especificidade de um teste é a capacidade de designar um indivíduo que não tem uma doença como negativo.
O modelo Panda foi usado clinicamente mais de 500 mil vezes, com apenas um falso positivo ocorrendo a cada 1.000 vezes.
A Panda poderia potencialmente servir como uma nova ferramenta para a triagem de câncer pancreático em larga escala, segundo os pesquisadores.
Com informações da agência de notícias Xinhua