Governo Lula segue tendência de desaprovação, mas melhora percepção da economia, diz Genial/Quaest

Publicado 04.06.2025, 07:45
© Reuters. Presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante cerimônia no Palácio do Planalton03/06/2025 REUTERS/Adriano Machado

BRASÍLIA (Reuters) - Os índices de avaliação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva oscilaram dentro da margem de erro em maio, mas seguiram a trajetória de piora na esteira de notícias negativas, apesar de uma melhora na percepção da população sobre a economia, apontou pesquisa da Genial Quaest divulgada nesta quarta-feira.

A sondagem levantou que 57% dos entrevistados desaprovam o governo Lula, o maior índice registrado para esse quesito neste mandato. Em março, a desaprovação correspondia a 56%. A aprovação da gestão também oscilou dentro da margem de erro, de 2 pontos percentuais para mais ou para menos, e passou de 41% na última rodada para 40% agora.

Os índices de avaliação do governo exibiram dinâmica semelhante: os 41% de avaliação negativa em março oscilaram para 43%; os 27% que o avaliavam como positivo em março passaram a 26%; e os 29% que o consideravam regular foram para 28%.

Em outro sinal negativo para o governo, o percentual dos que avaliam que o país está na direção errada aumentou pela terceira vez seguida, chegando a 61%, ante 56% em março. Enquanto isso, os que entendem que o país está no rumo certo também diminuíram pela terceira vez seguida, chegando a 32%, ante 36%.

Ainda assim, a pesquisa captou uma queda na percepção negativa sobre a economia, além de registrar altos índices de aprovação entre os que disseram conhecer projetos novos do governo como a isenção de imposto de renda para os que ganham até R$5 mil por mês e a distribuição de gás de cozinha para famílias em situação de vulnerabilidade.

A pesquisa mostrou, por exemplo, uma queda de 8 pontos percentuais na fatia dos entrevistados que percebem uma piora na economia nos últimos 12 meses. Em março, essa parcela correspondia a 56%, agora, são 48%. Os 16% que diziam perceber uma melhora oscilaram para 18%. Os que consideravam que a economia está "do mesmo jeito" passaram de 26%, em março, para 30% em maio.

"A forte repercussão de notícias como o escândalo do INSS diminuiu o efeito positivo da economia e do lançamento dos novos projetos e programas do governo", avaliou o cientista político Felipe Nunes, presidente-executivo da Quaest, referindo-se ao caso de associações que fizeram descontos indevidos nas aposentadorias de pensionistas.

A pesquisa foi realizada entre os dias 29 de maio e 1º de junho, com 2.004 pessoas.

 

(Reportagem de Maria Carolina Marcello e André Romani)

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