O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), criticou a greve do metrô e na CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) nesta 3ª feira (3.out.2023). Ele disse que a paralisação é motivada por “interesses políticos e ideológicos”.
“É lamentável que a população de São Paulo acorde mais uma vez refém de sindicatos que manobram os trabalhadores do transporte público estritamente por interesses políticos e ideológicos. Uma greve ilegal e abusiva, na qual nem mesmo a decisão da Justiça é respeitada e que tem como real objetivo promover o caos e atrapalhar a vida de quem realmente quer trabalhar por nosso Estado”, declarou o chefe do Executivo paulista no X (ex-Twitter).
Em resposta à declaração do governador, a presidente do sindicato dos metroviários, Camila Lisboa, disse que “interesses políticos e ideológicos” é querer vender São Paulo para “atender aos interesses de bilionários que querem lucrar” com a privatização do transporte público.
A paralisação afeta 3 linhas do metrô e 5 do trem metropolitano. A Sabesp (BVMF:SBSP3) (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) também aderiu à greve.
A decisão é uma resposta dos sindicatos do setor contra as privatizações propostas pela gestão de Tarcísio. O governo estadual e a Prefeitura da capital paulista anunciaram que os serviços estaduais terão ponto facultativo. O Poder Municipal também suspendeu o rodízio de carros e anunciou que haverão mais ônibus circulando na capital.
A Justiça de São Paulo determinou que o Metrô e CPTM operem com 100% da frota em horário de pico e 80% nos demais horários com multa de R$ 500 mil se descumprirem.
Segundo a decisão, o metrô deve funcionar normalmente de 6h às 9h e depois das 16h às 19h. Enquanto a CPTM das 4h às 10h e das 16h às 21h. Os sindicatos solicitaram que passageiros tenham a catraca liberada para evitar prejuízos à população. O pedido foi negado pela Justiça.