O juiz Marllon Sousa, da 7ª Vara Federal do Distrito Federal, determinou nesta 3ª feira (19.set.2023) que o governo tem 5 dias explicar o interesse de comprar um novo avião presidencial. O magistrado atendeu ao pedido de deputados da oposição ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
No pedido, os congressistas afirmam que cita que a compra “apresenta-se absolutamente incompatível com o cenário de déficit nas contas públicas”. A petição é assinada pelos deputados Nikolas Ferreira (PL-MG), Cabo Gilberto Silva (PL-PB), André Fernandes (PL-CE), Maurício Marcon (Podemos-RS), Luciano Zucco (Republicanos-RS), Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PL-SP), Evair Vieira (PP-ES), Carlos Jordy (PL-RJ) e Marcel van Hattem (Novo-RS).
Segundo os congressistas, o Ministério da Defesa entregou um estudo feito pela FAB (Força Aérea Brasileira) para atender ao pedido do presidente. “A opção mais barata pode custar de US$ 70 milhões a US$ 80 milhões, o equivalente a quase R$ 400 milhões”, afirmam.
Lula já havia sinalizado interesse em trocar o avião utilizado por ele em viagens oficiais, um Airbus (EPA:AIR) A319 CJ. O motivo é que a aeronave não consegue fazer voos de longa duração. Para o encontro do G20, ocorrido em 9 e 10 de setembro na Índia, a comitiva brasileira teve que fazer duas paradas.
O atual “Aerolula” foi comprado em 2004 por US$ 56,7 milhões (US$ 91,7 milhões em valores atualizados).
Lula ainda não veio a público manifestar seu interesse na compra. Como noticiado pelo Poder360, o Planalto recuou na iniciativa. O presidente atingiu nesta semana a marca de 16 viagens oficiais internacionais.