Ação da Weg cai após lucro do 2º tri crescer abaixo do esperado pelo mercado

Publicado 23.07.2025, 08:14
Atualizado 23.07.2025, 11:05
© Weg

(Reuters) -As ações da Weg (BVMF:WEGE3) caíam na abertura do pregão desta quarta-feira após a empresa anunciar lucro líquido de R$1,59 bilhão no segundo trimestre, um crescimento de 10,4% sobre o desempenho de um ano antes, porém abaixo do esperado pelo mercado.

As ações da fabricante de motores elétricos e dispositivos eletrônicos industriais caíam 4,5%, a R$39,44, por volta das 10h35, na contramão do índice de referência do mercado acionário brasileiro Ibovespa, que subia 0,6%.

Antes da abertura do mercado, a Weg anunciou resultado operacional medido pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) de R$2,26 bilhões, alta de 6,5% na comparação anual.

Projeções compiladas pela LSEG apontavam lucro líquido de R$1,76 bilhão e Ebitda de R$2,49 bilhões.

A companhia teve receita líquida de quase R$10,21 bilhões de abril ao final de junho, crescimento de 10,1% sobre o mesmo período de 2024, também abaixo dos R$11,16 bilhões esperados pelo mercado, conforme estimativas compiladas pela LSEG.

O crescimento de receita foi liderado pelo mercado externo, que registrou expansão de 17,3% em relação ao ano passado, a R$6,03 bilhões.

A multinacional brasileira, cujos produtos equipam desde veículos e fábricas a geradores de energia eólica, não deu detalhes sobre possível efeito das tarifas anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que devem entrar em vigor a partir de 1º de agosto.

A receita da América do Norte representou 48% do valor total do mercado externo.

Desde o começo do ano, as ações do grupo caíram mais de 20%, contra crescimento de mais de 12% do Ibovespa, refletindo incertezas causadas pelo anúncio das tarifas.

De acordo com analistas da JPMorgan (NYSE:JPM), a Weg apresentou receita e resultado operacional abaixo do esperado devido à fraqueza na receita doméstica, que expandiu somente 1,0%, porém teve forte crescimento de margem, para 22,1%.

"Apesar das estimativas absolutas não terem sido atingidas, as margens melhoraram, uma tendência que deve continuar nos próximos trimestres," disseram os analistas da JPMorgan Marcelo Motta e Jonathan Koutras.

O retorno sobre capital investido atingiu 32,9%, redução de 4,5 pontos percentuais em relação ao segundo trimestre do ano passado e redução de 0,3 ponto percentual ante os três primeiros meses de 2025.

A performance do segundo trimestre chega após a companhia anunciar na terça-feira a aprovação de pagamento de dividendos intermediários no valor de R$719,35 milhões.

(Por Michael Susin, em Barcelona;Reportagem adicional de Gabriel Araújo, em São PauloEdição de Letícia Fucuchima e Paula Arend Laier)

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