Lava Jato tem legado maldito, diz Aras após Toffoli anular provas

Publicado 07.09.2023, 16:22
Atualizado 07.09.2023, 17:11
Lava Jato tem legado maldito, diz Aras após Toffoli anular provas

O procurador-geral da República, Augusto Aras, disse que a operação Lava Jato tem um “legado maldito” que teve como seu modus operandi a destruição de vidas e de reputações.

A declaração foi publicada por Aras em seu perfil no X (ex-Twitter) 1 dia depois de o ministro Dias Toffoli, do STF (Supremo Tribunal Federal), anular todas as provas do acordo de leniência da Odebrecht (hoje Novonor) usadas em acusações e condenações.

“Fui acusado de destruir a Lava Jato, quando apenas institucionalizei e despersonalizei o Ministério Público. Hoje, a sociedade enxerga seu verdadeiro legado maldito, seu ‘modus operandi’ que ceifa vidas, a política, a economia e afronta a soberania nacional”, disse Aras.

O procurador afirmou também que o Brasil enfrentou, nos últimos 4 anos, “um forte corporativismo apoiado pelas fake news divulgadas pela imprensa desviada que confundiram Justiça com vingança”.

Disse, ainda, que o Ministério Público tem o “dever” de cumprir a Constituição, “rasgada por poucos e ruidosos membros do sistema de Justiça”.

CAMPANHA PELA RECONDUÇÃO

Augusto Aras se reuniu com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 17 de agosto a pedido do senador Jaques Wagner (PT-BA), líder do Governo no Senado, que tem se mostrado favorável à recondução do PGR.

Embora tenha negado que haja uma campanha pela recondução, o ex-governador da Bahia já elogiou a atuação de Aras para acabar com a Lava Jato –fato que pesa a seu favor, na visão dele e também de outros aliados de Lula.

O vazamento de uma troca de mensagens entre Aras e empresários e obtida pela Polícia Federal, no entanto, pode dificultar a vida do procurador-geral. Revelada pelo portal UOL em 24 de agosto, a conversa teria sido em 18 de agosto de 2022 e continha mensagens em que Aras chamava de “abuso” pedidos de investigação contra empresários bolsonaristas.

Aras teria dito ao empresário Meyer Nigri, dono da construtora Tecnisa (BVMF:TCSA3), que localizaria o processo que resultou em uma operação de busca e apreensão pela PF e quebra de sigilo bancário, autorizadas à época pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF. Em setembro, a PGR entrou com um recurso no Supremo que pedia a era ilegal e pedia a anulação.

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