O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos (SP) declarou que os funcionários que trabalham na fabricação de aviões na Embraer (BVMF:EMBR3) entraram de greve nesta 3ª feira (3.out.2023) para reivindicar aumento salarial real e renovação da convenção coletiva.
Segundo a entidade, a paralisação havia sido anunciada no dia 26 de setembro, mas, desde então, a empresa de aviões ofereceu apenas a reposição da inflação aos salários, de 4,06%.
Ainda conforme o sindicato, a Embraer estabeleceu que, para assinar a convenção coletiva, haverá redução do prazo de estabilidade para trabalhadores vítimas de doença ou acidente ocupacional. A classe diz que o último acordo do tipo foi firmado em 2017, o qual garante a estabilidade até a aposentadoria nesses casos.
Em comunicado oficial, o sindicato afirma que paralisa “100% da produção na sede da empresa” com a greve desta 3ª feira.
Procurada pelo Poder360, a Embraer afirma que “a unidade Ozires Silva, em São José dos Campos, opera normalmente, assim como as demais fábricas da empresa”. Diz ainda que permanece em diálogo com a classe para chegar a novos acordos.
“A Embraer, por liberalidade, já concedeu o reajuste salarial de 4,06% (que corresponde a 100% da inflação no período) aos colaboradores que recebem salários de até R$ 10 mil e um fixo de R$ 406,00 para remunerações acima desse valor, conforme proposta apresentada pela Fiesp, que representa as empresas do setor. As negociações entre Fiesp e entidades sindicais continuam”, diz a nota.
A greve dos metalúrgicos se dá no mesmo dia da paralisação de trabalhadores do Metrô de São Paulo, da Sabesp (BVMF:SBSP3) (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) e CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) contra os planos de privatização do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos).