O mundo terá o 1º trilionário em 10 anos, se a tendência de aumento de riqueza dos mais ricos for constante e se a desigualdade em relação aos mais pobres permanecer. As informações são do relatório Desigualdade S.A. divulgado nesta 5ª feira (15.jan.2024) pela Oxfam Brasil. Eis a íntegra (PDF – 7 MB).
O levantamento mostra que a riqueza dos 5 mais ricos do mundo dobrou desde 2020, enquanto cerca de 5 milhões de pessoas ficaram mais pobres. No ritmo atual, dados da confederação indicam que seriam necessários 230 anos para acabar com a pobreza.
A concentração de poder das grandes empresas e monopólios está exacerbando a desigualdade em toda a economia, diz o levantamento.
Sete das 10 maiores empresas do mundo tem hoje um bilionário no comando ou como principal acionista. Essas empresas juntas valem US$10, 2 trilhões.
De acordo com o documento, as 5 maiores empresas do mundo têm juntas um valor maior do que o PIB das economias da África, da América Latina e do Caribe.
Em média, o rendimento das pessoas brancas é mais de 70% superior ao das negras. Em relação a desigualdade de gênero, os homens possuem US $105 trilhões em patrimônio a mais do que as mulheres.
A organização, que faz parte de um movimento global contra a pobreza, a desigualdade e a injustiça, propõe medidas que poderiam reverter o que pode ser o “novo normal”.
Entre as medidas para interromper o ciclo de acúmulo de riqueza, está a reestruturação dos mercados, regulação de empresas, tributação de corporações e super-ricos, além do fortalecimento de investimentos em bens e serviços públicos.
Atualmente os 3 mais ricos do mundo, segundo a Forbes, são Elon Musk (dono da SpaceX e Tesla (NASDAQ:TSLA)); Bernard Arnault (diretor do grupo LVMH) e Jeff Bezos (fundador da Amazon (NASDAQ:AMZN)). A fortuna de cada 1 está avaliada em US$ 251, 3, US$ 200,7 e US$ 168, 4 bilhões respectivamente.