O número de empresas que pediram recuperação judicial em janeiro cresceu 46% na comparação com dezembro. Ao todo, 149 companhias entraram com o pedido legal de reestruturação financeira no período. Em dezembro, 102 formalizaram a mesma situação. Os dados são do Indicador de Falências e Recuperação Judicial da Serasa Experian (LON:EXPN).
As micros e pequenas empresas estiveram à frente dos pedidos ao somar um total de 99 protocolos, número que representa 65% dos protocolados no mês de janeiro. As médias e grandes companhias, que entraram com 32 e 18 pedidos respectivamente, também formalizaram o pedido.
Eis os dados ao longo dos meses:
Segundo o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, o aumento nas solicitações de recuperações judiciais é um reflexo do crescimento das empresas que se viram diante da iminência da insolvência. Em 2023, houve recorde de 6,6 milhões de CNPJs negativados.
“Apesar dos sinais de melhoria terem começado a surgir, como a queda da inflação e das taxas de juros, no contexto da recuperação judicial, a resposta é mais demorada”, disse.
A maioria dos pedidos de recuperação judicial estão no setor de serviços. O setor primário, da indústria e comércio também foram afetados.
Em relação a janeiro do ano passado, o número de pedidos de recuperação judicial também registrou aumento. Em 2023, 92 empresas protocolizaram a ação legal. Durante todo o ano o crescimento foi de 167%.
Falências
O aumento nos pedidos de recuperação judicial refletiu, durante o período analisado, na formalização de falências. Em janeiro de 2024, o número de empresas que faliram foi de 69, enquanto dezembro foram 43 empresas que encerraram as atividades. O crescimento foi de 43,8%. Os setores primários, de serviços e comércios foram afetados.