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Prates diz ter certeza que Ibama dará licença para Foz do Amazonas

Publicado 02.10.2023, 23:32
Atualizado 02.10.2023, 23:41
Prates diz ter certeza que Ibama dará licença para Foz do Amazonas
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O presidente da Petrobras (BVMF:PETR4), Jean Paul Prates, afirmou nesta 2ª feira (2.out.2023) ter certeza de que o Ibama concederá licença para exploração na Bacia da Foz do Amazonas, na Margem Equatorial (BVMF:EQTL3) Brasileira. A declaração foi dada em entrevista concedida por Prates ao programa Roda Viva, da TV Cultura.

Embora afirme que sempre há um plano B na indústria de petróleo, ele relatou estar otimista que a negativa para a licença será revista. Segundo ele, todo esse processo, com estudos adicionais e até simulados de operações, darão a certeza ao Ibama de que a Petrobras tem capacidade de fazer a pesquisa com segurança.

“Tenho certeza que a gente vai conseguir a licença, com todos os requisitos e todos eles atendidos, porque isso foi licitado em um leilão federal. E Agência Nacional de Petróleo nos fez assinar um contrato de concessão com um compromisso que trabalho mínimo que envolve esses poços exploratórios”, afirmou.

Segundo ele, é preciso checar se realmente tem petróleo nos blocos: “Se a Guiana tem, o Suriname tem, e se as formações indicam que podemos ter, o Brasil tem o direito de saber. Depois disso, vem a 2ª decisão, se produz ou não para fazer frente a essa última fase da era do petróleo”.

Prates voltou a afirmar que a Bacia da Foz do Amazonas é prioritária para a Petrobras. Chamou a autorização do Ibama para pesquisas em blocos na Bacia Potiguar, trecho da Margem Equatorial na costa do Rio Grande do Norte, de “belíssimo começo em direção ao Amapá”.

Foram licenciados os blocos BM-POT-17 e POT-M-762. Não se trata, portanto, do bloco FZA-M-59, localizado na Bacia da Foz do Amazonas, mais precisamente no litoral do Amapá, e que vem sendo motivo de disputa entre a Petrobras, o Ministério de Minas e Energia e o Ibama. Essa área está distante dos blocos licenciados.

IMPORTAÇÃO DE PETRÓLEO

O presidente da estatal disse que se o país não investir na pesquisa de novas áreas, como a Margem Equatorial, poderá ter que voltar a importar petróleo futuramente: “A humanidade vai precisar de petróleo por bons 50 ou 60 anos à frente. Se nós não tivermos áreas de nova fronteira para explorar, vamos ter de importar petróleo de novo como Brasil e petróleo mais carbonizado que o nosso”.

MARGEM EQUATORIAL

A Margem Equatorial compreende toda a faixa litorânea ao Norte do país. Tem esse nome por estar próxima da Linha de Equador. Começa na Guiana e se estende até o Rio Grande do Norte. A porção brasileira é dividida em 5 bacias sedimentares, que juntas têm 42 blocos. São elas:

  • Foz do Amazonas, localizada nos Estados do Amapá e do Pará;
  • Pará-Maranhão, localizada no Pará e no Maranhão;
  • Barreirinhas, localizada no Maranhão;
  • Ceará, localizada no Piauí e Ceará;
  • Potiguar, localizada no Rio Grande do Norte.

A Petrobras tem tentado aval ambiental para perfurar poços na região e seguir as pesquisas para comprovar as reservas e verificar se há viabilidade comercial de produzir na área. A licença acabou sendo negada em maio pelo Ibama.

A permissão se refere a um teste pré-operacional para analisar a capacidade de resposta da Petrobras a um eventual vazamento. A petroleira enviou mais documentos e pediu uma nova avaliação pelo instituto. No entanto, ainda não há um prazo para que essa análise seja feita.

Embora tenha esse nome, a bacia da Foz do Amazonas não é a foz do rio Amazonas. A área onde seria perfurado o poço de petróleo se encontra a 500 km de distância da foz.

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