O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), acionou a Justiça contra a greve dos funcionários do Metrô, da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) e da Sabesp (BVMF:SBSP3) (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) prevista para 3ª feira (28.nov.2023).
O governo paulista pede que 100% dos funcionários trabalhem nos horários de pico. No restante do dia, a gestão estadual pede um efetivo de ao menos 80%. A informação foi divulgada em nota publicada pelo governo de São Paulo. Eis a íntegra do comunicado (PDF – 78 kB).
Tarcísio decretou ponto facultativo na 3ª feira (28.nov) para “reduzir os prejuízos” que serão causados pela paralisação do transporte metroviário. O Provão Paulista, que seria realizado no dia da paralisação, também foi adiado para 4ª feira (29.nov).
A paralisação vai afetar o funcionamento de ao menos 9 linhas da malha metroviária de São Paulo, excluindo só as que são operadas pela iniciativa privada: Linha 4 – Amarela e Linha 5 – Lilás, ambas do metrô, e Linha 8 – Diamante e Linha 9 – Esmeralda, da CPTM.
Essa é a 3ª paralisação dos metroviários em 2023. Em 3 de outubro, a categoria teve a última paralisação geral e uma greve surpresa em 12 de outubro. Esta última resultou na demissão de 5 funcionários do Metrô e 4 suspensões. O sindicato também exige, com a greve, a reintegração desses trabalhadores.
A greve unificada entre Metrô, CPTM e Sabesp é organizada em protesto às privatizações e terceirizações propostas pelo governo paulista.
Em seu perfil na rede social X (antigo Twitter), Camila Lisboa, presidente do Sindicato dos Metroviários e Metroviárias de São Paulo, afirmou que o modelo “estatiza o prejuízo e privatiza o lucro”.
A declaração de Camila é em resposta à reportagem do UOL que mostrou que concessionárias privadas ganharam repasses 4 vezes maior que empresas pública de transporte, como Metrô e CPTM.