Money Times - A equipe de análise do BTG Pactual (SA:BPAC11) divulgou nesta semana a sua carteira recomendada com ações de small caps, ou seja, com valor de mercado de até US$ 3 bilhões. São cinco alternativas de investimentos: Tegma (SA:TGMA3), CVC Brasil(SA:CVCB3), Santos Brasil (STPB3), Even (EVEN3 (SA:EVEN3)) e Marfrig (SA:MRFG3).
Tegma
Segundo os analistas do banco, a empresa de logística está altamente exposta à tendência de recuperação das vendas de veículos leves no Brasil (que ainda são níveis abaixo do normal). “Vemos a avaliação da Tegma como especialmente atraente, com apenas 12 vezes Preço sobre o Lucro estimado para 2019 e um rendimento de dividendos acima de 6%, com melhoria do momentum de ganhos: após iniciativas de redução de custos e crescimento de receita, esperamos que a lucratividade atinja altas históricas no curto prazo”, afirmam.
CVC Brasil
O BTG avalia que a CVC combina um modelo de negócios híbrido (franquia, lojas próprias, agências independentes, viagens estudantis e on-line) com execução impecável, bem como aquisições diligentes, entregando números sólidos nos últimos trimestres. Enquanto isso, o valor de marca da empresa, juntamente com as sinergias dos ativos recentemente adquiridos (Trend, Visual e Esferatur) e uma perspectiva econômica mais positiva, “devem permitir à CVC cimentar sua liderança nos próximos anos, mantendo a rentabilidade sobre o capital investido (ROIC, na sigla em inglês) de aproximadamente 30%, bem acima a média do setor de varejo”, concluem.
Santos Brasil
O relatório ressalta que a relação de oferta e a demanda vêm melhorando consistentemente no chamado Cluster de Santos, com a melhoria dos volumes e a não expansão (significativa) da capacidade de contêineres no Porto de Santos (o porto número 1 do Brasil).
“Nosso otimismo nesta tese é reforçado por melhores perspectivas de crescimento graças a uma atividade econômica mais forte; melhor perspectiva de rentabilidade devido à valorização do real (provavelmente atraindo mais volumes importados de longa distância, que são mais valiosos para os terminais); fluxos de contêineres mais fortes (de longo prazo), baseados em possíveis novos acordos comerciais e uma economia mais aberta; e maior interesse (internacional) potencial no processo de desinvestimento da empresa, além de um melhor momento de ganhos após a forte recuperação do Ebitda esperado para o terceiro trimestre”, conclui a análise.
Even
Em um cenário de baixas taxas de juros e crescente confiança do consumidor, a construtora de classe média / alta Even se beneficia de uma demanda por habitação mais forte – vendendo suas unidades prontas em estoques mais rapidamente e acelerando o ritmo de lançamentos de projetos, aponta o BTG.
“Além disso, a aprovação há muito esperada da Lei de Cancelamento no Senado (ainda pendente de aprovação na Câmara dos Deputados) reduz os riscos operacionais da Even e é um catalisador positivo para lançamentos. A perspectiva de ganhos da Even é reconhecidamente fraca, já que a receita está encolhendo (com menos obras) e as margens estão sob pressão (os cancelamentos continuam altos no curto prazo), levando-nos a prever uma perda em 2018”, ponderam os analistas.
Ainda assim, como a Even negocia grande desconto para os pares, tem alavancagem confortável e gera caixa, há espaço para uma reclassificação.
Marfrig
A fabricante de alimentos segue no portfólio, mesmo com a visão de que a Marfrig está longe de ser uma escolha macro óbvia, já que os investidores se concentram em nomes relacionados ao consumo doméstico e discricionário, tem um forte argumento para investidores que buscam nomes sólidos em lucros.
“A Marfrig vem de um período de uma década de resultados ruins, com alta alavancagem consumindo praticamente todos os seus fluxos de caixa, deixando pouco para os acionistas. Acreditamos que a empresa poderia estar entrando em uma nova fase, ressaltada pela recém-anunciada venda da Keystone, e pelo foco no segmento de carne bovina”, ressaltam os analistas.
Por Money Times