Por Beatriz Garcia
SÃO PAULO (Reuters) - O aplicativo de transporte de passageiros 99, controlado pela chinesa Didi Chuxing, anunciou nesta terça-feira uma parceria com empresas dos setores de veículos elétricos (EVs) para impulsionar o setor no Brasil.
A coalizão batizada de Aliança pela Mobilidade Sustentável também inclui Raízen; Movida (SA:MOVI3); Ipiranga, da Ultrapar (SA:UGPA3); Unidas; Zletric, Caoa Cherry; e Tupinambá Energia, e pretende aumentar a vendas de veículos elétricos, criar 10 mil estações públicas de carregamento até 2025 e ter 100% da frota elétrica do aplicativo em 2030.
Atualmente, a 99 possui 750 mil motoristas ativos em sua plataforma, dos quais cerca de 190 são veículos híbridos, segundo a companhia.
O programa pretende aumentar a participação dos veículos elétricos nas vendas de carros novos no país de 2% para 10%. A 99 pretende adicionar pelo menos 300 automóveis elétricos ainda neste ano, com objetivo de chegar a 10 mil até 2025 e ter 100% de sua frota com zero emissão de carbono até 2030.
Segundo a companhia, os carros serão adquiridos parte por parcerias com locadoras e montadoras, parte com recursos próprios. "Com os aprendizados dessa primeira fase, a companhia estudará a melhor forma de disponibilizar os 10 mil veículos elétricos aos motoristas até 2025 até chegar a 100% da frota em 2030", afirmou a empresa.
Para viabilizar o modelo, a aliança buscará impulsionar a infraestrutura de eletrificação da frota, com postos públicos de recarga, facilitar o aluguel entre motoristas de aplicativo e dar apoio às montadoras e às outras empresas da cadeia.
"A adoção de carros elétricos subiu 100% em um ano. Esses automóveis possuem menos impacto ambiental, preservam a saúde das pessoas e também reduzem custos com combustível em até 75%, mas ainda são muito mais caros do que os convencionais", disse Thiago Hipólito, diretor do centro de inovação DriverLAb, da 99.
O centro de inovação da 99 está conduzindo a aliança. O centro foi anunciado em março com previsão de investimento de 250 milhões de reais nos próximos 3 anos, dos quais 100 milhões ainda em 2022.