Investing.com - Ao contrário do que era esperado, Abílio Diniz não renunciou ao cargo de presidente do conselho de administração da BRF (SA:BRFS3). O executivo convocou reunião, que teve quórum baixo para a tarde de hoje, quando devia anunciar a decisão. As informações são da coluna Radar, da revista Veja.
As ações da empresa apresentam forte queda de 4,60% a R$ 22,00, liderando as perdas do Ibovespa.
O impasse aumentou com o ex-ministro do Desenvolvimento e ex-presidente da Sadia, Luiz Fernando Furlan, rejeitando assumir o conselho de administração da BRF até a realização da assembleia no próximo dia 26 frustrou.
O nome de Furlan era uma das exigências de Diniz para a assinatura de um acordo com os fundos de pensão Petros e Previ. A expectativa era que o impasse fosse resolvido logo, mas a negativa acabou inviabilizando o acerto. As informações são da Folha de S. Paulo.
Abílio tem cerca de 7% de participação na BRF e deverá indicar dois nomes para fazer parte do conselho. A concessão é uma contrapartida aceita pelos fundos, que detém 22% do capital da companhia.
Uma das possibilidades é a indicação de Augusto Marques da Cruz Filho, ex-CEO do Pão de Açúcar (SA:PCAR4) e presidente do conselho da BR Distribuidora (SA:BRDT3), assumisse seu assento no conselho. Na nova chapa proposta pelos fundos, Cruz Filho deve ser o próximo presidente.
O maior problema estaria em um impasse jurídico, já que o acordo para voto é entre os acionistas da Península (holding da família Diniz), Petros e Previ, enquanto o presidente do conselho é eleito pelos demais conselheiros.
Sendo assim, a saída natural seria que Francisco Petros, atual vice-presidente do conselho assumisse, situação não aceita pelo Abílio. Ainda de acordo com o jornal, os dois executivos discutiram seguidas vezes nos últimos meses.